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Benfica: 45 minutos de classe e magia turca mereciam um final menos sofredor

O Benfica alcançou esta quinta-feira um importante triunfo em Belgrado, por 2-1, na estreia na Champions, vencendo fora o Estrela Vermelha. Valeu a Bruno Lage o toque de magia turco (marcaram Aktürkoglu e Kökçu) e uma grande primeira parte, mas é difícil entender como a equipa baixou tanto a produção no segundo tempo e acabou a sofrer.

Bruno Lage apostou no mesmo onze da sua estreia, na goleada por 4-1 ao Santa Clara, um 4X3X3 com um meio-campo com Florentino a atuar como 6, Kokçu na posição 8 e Rollheiser mais descaído para o lado direito. O reforço Aktürkoglu, que deixou grandes indicações na estreia, manteve a titularidade no ataque, mais colado ao corredor esquerdo.

Uma aposta ambiciosa num estádio conhecido pelo ambiente adverso criado pelos adeptos sérvios. E onde, convém dizer, a última derrota do Estrela Vermelha tinha acontecido a 13 de dezembro de 2023, um 2-3 na fase de grupos da Champions diante do Manchester City.

O Benfica entrou muito bem, a assumir o controlo das operações, e Aktürkoglu deixou um aviso logo aos dois minutos com um remate cruzado. O vendaval atacante e de pressão benfiquista deu frutos aos nove minutos, com o reforço turco a inaugurar o marcador após uma boa assistência de Bah após grande jogada de Di María.

O golo do Benfica, curiosamente, coincidiu com uma ligeira melhoria do Estrela Vermelha, que subiu as linhas e surgiu com mais frequência junto da área das águias e a testar a atenção de Trubin.

Sol de pouca dura, porque aos 29’, Kökçu (que bem se sente o turco nesta nova posição) deu nova estocada nos sérvios, com um golo exemplarmente marcado de livre direto – foi a quarta vez que o fez na carreira.

Antes do intervalo, uma contrariedade para Bruno Lage. Bah sofreu uma entrada dura e foi obrigado a sair, entrando para o seu lugar Kaboré.

Como esperado, o Estrela Vermelha teve mais iniciativa na segunda parte. No banco, Lage gesticulava a exigir mais posse aos jogadores, que mostravam muitas dificuldades em sair na transição ofensiva e, individualmente, Kaboré não dava conta do recado no lado direito da defesa.

Lage mexeu a primeira vez aos 56’, tirando o apagado Rollheiser e lançando o polivamente Aursnes. Mas sem efeitos práticos, pois os sérvios ameaçavam sucessivamente o golo, perante um Benfica que foi uma sombra da primeira parte, a atuar num bloco muito recuado.

As águias esteviram perto do terceiro, num remate de longe de Di María por cima aos 83’, mas acabaram por sofrer um golo aos 86’, por Milson, algo que se adivinhava.

Lage voltou a mexer e fez uma tripla substituição, tirando Di María, Kökçu e Pavlidis e lançando Beste, Amdouni e Leandro Barreiro.

Já no tempo de compensação, Aktürkoglu quase marcou um golaço, mas a bola bateu no poste. Os minutos finais foram de grande sofrimento, mas o apito final confirmou os três pontos do Benfica.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Andrej Isakovic / AFP