A Sociedade Portuguesa de Beneficência, uma casa de origem portuguesa com certeza, celebra nesta quinta-feira, dia 25, às 19h, os 50 anos da Revolução dos Cravos, movimento deflagrado em Portugal na madrugada de 25 de abril de 1974, país de origem dos fundadores desta instituição mantenedora dos hospitais Santo Antônio e Santa Clara.
A cerimônia será realizada no Salão Nobre do Hospital Santo Antônio, com saudação do escritor e poeta Flávio Viegas Amoreira, participação do professor e geógrafo Paulo Nunes, do Coral do Centro Cultural Português de Santos e do Rancho Folclórico Verde Gaio, além da cantadeira Conceição Aparecida Fernandes e do ator Fabiano Santos.
A exaltação à Lusitanidade estará cargo de Ademir Pestana, presidente do Hospital Beneficência Portuguesa.
Ao final, degustação do *“Patê de Abril em 3 tempos”, iguaria criada pelo chefe de cozinha do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital, José Nascimento, numa referência às senhas combinadas para a deflagração da Revolução com o surgimento repentino dos manifestantes no Terreiro do Paço (Praça do Comércio), nas ruas, nos quartéis.
O objetivo da celebração, explica o presidente Ademir Pestana é, além de enaltecer a lusitanidade, reavivar na memória, bem como passar às novas gerações, a importância da luta pela democracia e manutenção dessa conquista.
A Revolução dos Cravos, um dos mais importantes acontecimentos históricos da década de 70, foi marcada pela música e pela união do povo (civis e militares se deram as mãos na busca pela democracia).
Os portugueses não suportavam mais as consequências da ditadura que durava 41 anos, especialmente as guerras das colônias portuguesas na África.
Aos 20 minutos da madrugada de 25 de abril de 1974, por meio da Rádio Renascença, a canção ‘Grandola, Vila Morena’, de Zeca Afonso ecoou e cumpriu sua missão de senha (a segunda) para chamar o povo às ruas, onde ao final do dia, estava deposto o presidente Marcelo Caetano. A primeira senha foi a música “E depois do adeus”, às 22h55 do dia 24, pela Emissores Associados de Lisboa
*O Patê de Abril em 3 Tempos” é uma saborosa alusão aos três avisos à população sobre o desenrolar da Revolução dos Cravos:
Patê 1º tempo – sinal para as tropas avançarem;
Patê 2º tempo – aviso para os reunidos nos quartéis que tudo estava preparado;
Patê 3º tempo – momento esperado – explosão de alegria do povo nas ruas com a deposição do presidente Marcelo Caetano.
Na iguaria – cuja base é o bacalhau – os três tempos são marcados pela densidade do sabor: suave, mais denso e forte.
Serviço: Salão Nobre da Sociedade Portuguesa de Beneficência Av. Bernardino de Campos, 47 – Vila Belmiro / Santos.
Fonte e crédito da imagem: Assessoria de Imprensa – Hospital Sociedade Portuguesa de Beneficência