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Balde de água gelada ao cair do pano leva Benfica de volta ao segundo lugar

O Benfica empatou 2-2 na Luz com o Arouca este domingo voltou ao segundo lugar na I Liga, com os mesmos pontos do líder Sporting, a cinco jornadas do fim.

Foi sem dúvida um dos melhores espetáculos do campeonato, sendo justo destacar a brava equipa comandada por Vasco Seabra, num jogo marcado pelo primeiro golo dos visitantes, em que o árbitro António Nobre não reverteu o penálti que assinalou, apesar da indicação contrária do VAR Luís Godinho.

Bruno Lage repetiu o onze do clássico com o FC Porto e, após um início lenta, os encarnados aceleraram e entre os 12’ e os 16’ tiveram cinco oportunidades de golo, respondendo o Arouca com os seus dois primeiros lances perigosos (e únicos no primeiro tempo), com Trubin a brilhar num deles a remate de Sylla.

Na verdade, quase todas as ocasiões de perigo até ao intervalo sucederam até aos 20 minutos, tendo-se registado apenas mais uma ocasião, por sinal a mais perigosa, num remate ao poste de Pavlidis, na sequência de excelente trabalho individual.

A boa organização defensiva arouquense dificultava a vida a um Benfica que sentia a falta dos habituais desequilíbrios de Di María e Aktürkoglu.

Pela segunda vez esta época, os lisboetas recolheram aos balneários com um 0-0 em jogos da I Liga (e foi apenas a quarta vez que não estavam em vantagem).

No segundo tempo, o Arouca juntou à boa organização defensiva uma grande dose de atrevimento e bom futebol. E logo após o recomeço foi dos visitantes o primeiro sinal de perigo, com Trubin a parar remate de Yalçin.

Foi o Arouca que continuou por cima durante mais algum tempo, para surpresa dos cerca de 61 mil benfiquistas que acorreram à Luz. Trubin voltou a brilhar (51’), defendendo uma “bomba” de Trezza, naquela que foi a terceira grande intervenção do ucraniano.

Muito mérito para o treinador Vasco Seabra, o líder de uma equipa que soube trocar muito bem a bola no meio-campo contrário, sempre com Jason Remeseiro em grande plano.

E mostrando que, apesar de arriscado, é possível jogar de igual para igual com os grandes, sem se remeter à defesa e recorrer ao antijogo.

Só que as equipas que têm foras de série estão sempre mais perto do sucesso. Foi isso que aconteceu quando Carreras mostrou porque é um dos melhores laterais esquerdos a atacar do futebol europeu e fez uma jogada em que correu quase todo o campo, passando por vários adversários, servindo Aursnes, que assistiu Kökçü para um belo golo: um remate sem hipóteses de defesa.

A bola foi ao meio-campo e logo o Benfica a recuperou, criando enorme oportunidade para o 2-0, desperdiçada por Di María.

Até que aos 68’ o árbitro António Nobre assinalou penálti de Otamendi sobre Jason, não seguindo a indicação do VAR Luís Godinho, que entendeu não ter havido motivo para falta. O turco Yalçin aproveitou e fez o 1-1.

Bruno Lage respondeu com uma dupla substituição, com Florentino e Di María a serem rendidos por Schjelderup e Belotti e, pouco depois, Pavlidis voltou a deixar a sua marca, ao dar vantagem ao Benfica, desviando de cabeça assistência perfeita de Kökçü.

Schjelderup ainda teve um golo anulado, até Weverson provocar a surpresa com o 2-2, aos 90’+6. Um prémio justíssimo para a bela exibição do Arouca.

Na próxima jornada o Benfica desloca-se a Guimarães, enquanto o Sporting recebe o Moreirense e, aparentemente, a luta entre os velhos rivais poderá ser até ao fim. Ou pelo menos, até ao dérbi de 10 de maio.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: www.maisfutebol.iol.pt