André Ventura, líder do Chega, disse, esta quarta-feira, que o presidente da Assembleia da República (AR), Augusto Santos Silva, pretende aplicar sanções ao grupo parlamentar do partido, após o protesto contra a presença de Lula da Silva no Parlamento a 25 de Abril.
“Isto é o grau zero da nossa democracia. O Chega é a terceira maior força política deste Parlamento. Esta atitude vingativa, infantil e ditatorial não ajudará em nada a saúde da nossa democracia”, afirmou.
Ventura disse que foi contactado esta manhã por Santos Silva que o informou, “formalmente, de que levaria o que ocorreu ontem à conferência de lideres e que tinha na sua mente a aplicação de sanções ao grupo parlamentar do Chega, e que iria avançar com uma proposta imediata de suspender a participação do Chega nas visitas de Estado”.
Para o líder do partido, “a aplicação de sanções, ainda para mais sanções infantis e vingativas, apenas desprestigiam o presidente da AR e acentuam um clima de conflitualidade já por si latente”.
“Santos Silva não gostou do que ocorreu no 25 de Abril, é legitimo, nós também não gostámos. Por várias e insistentes vezes, o Chega e outros partidos alertaram para a inconveniência da presença de Lula da Silva a 25 de Abril e foram apontadas outras soluções, todas rejeitas pelo presidente da AR e todas rejeitadas pelo Presidente da República”, argumentou.
Sublinhou que “a ameaça de sanções penais contra deputados eleitos pelo povo português por se manifestarem dentro do Parlamento é o grau zero da democracia e é o caminho perigoso para uma ditadura”.
Ventura reforçou: “a ameaça de sanções, de punições e a aplicação, dentro do seu poder discricionário, de sanções infantis e ditatoriais não nos condicionarão”.
O protesto do grupo parlamentar do Chega na sessão de boas-vindas ao presidente do Brasil, Lula da Silva, na sessão que antecedeu à do 25 de Abri, e que levou o presidente da AR a repreender os deputados, será discutido na conferência de líderes do próximo dia 10 de maio.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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