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Arthur Cabral foi o herói do triunfo do Benfica na Amadora

Arthur Cabral não vai esquecer tão cedo o regresso do Benfica à Reboleira em jogos para o campeonato. O brasileiro marcou um golo de pontapé bicicleta, ofereceu outro a Rafa Silva e ainda participou no terceiro golo marcado por Otamendi, antes de sair para dar lugar a Marcos Leonardo, que selou o triunfo dos campeões nacionais sobre o Estrela da Amadora, por 4-1, em jogo da 19.ª jornada da I Liga.

Ainda longe do entusiasmo de outros tempos, as bancadas do Estádio José Gomes não esgotaram para receber o Benfica, que não perde frente ao Estrela da Amadora desde 1999-2000, quando Jorge Jesus era o excêntrico e promissor treinador tricolor e impôs uma derrota pesada (3-0).

Ontem, a história parecia querer repetir-se, mas acabou mal para os da Amadora, que não ganham há seis jornadas.

A diferença e peso dos nomes não se notou nos primeiros 15 minutos, que foram jogados de forma frenética e com transições rápidas de parte a parte. O livre direto em arco de excelente execução por parte de Kökçü ia direito à baliza, mas Rúben Brígido adivinhou a intenção e voou para impedir que a bola rematada pelo turco entrasse no ângulo superior direito da baliza. 

Negado o golo, o jogo seguiu em jeito de parada e resposta. Léo Cordeiro roubou uma bola a meio campo e apanhou todos de surpresa, até os colegas tricolores que não o acompanharam em velocidade… teve de esperar para servir Léo Jabá, que rematou fraco e em direção às mãos de Trubin.

Logo depois novo aviso de Ronaldo Tavares, antes de o Estrela fazer a festa do primeiro golo. Nem o capitão Otamendi, nem o guarda-redes ucraniano ficaram bem na fotografia, pois perderam ambos o duelo direto com Léo Jabá.

Faltava ao Benfica mais João Neves e Di María num campo onde os criativos adversários do Estrela têm sentido dificuldades para impor a inteligência do seu jogo. Na Reboleira, Sérgio Vieira tem incutido pragmatismo na equipa sem abdicar do atrevimento ofensivo.

E atrevimento foi o que não faltou a Regis Ndo, que cara-a-cara com Trubin, passou pelo guardião ucraniano, que fez a mancha, e já em desequilíbrio errou a baliza. 

Mais do que uma oportunidade perdida, foi o momento que desconcentrou os tricolores e permitiu a reviravolta do Benfica em dois minutos. Deixar Arthur Cabral fazer um golo de pontapé bicicleta em pleno coração na área foi tão letal para o Estrela como deixar Rafa receber e rematar… Brígido nem se fez ao lance.

Duas distrações e duas excelentes finalizações permitiram ao campeão nacional ir para o intervalo em vantagem, mas a exibição da primeira parte não dava garantias de sossego no segundo tempo.

No regresso, o Benfica mostrou atitude de campeão, depois de contar com um falhanço de Ronaldo Tavares – só tinha de encostar, mas ficou a ver a bola passar -, chegou ao terceiro golo através de Otamendi na recarga a um remate de Arthur Cabral à barra, na sequência de um canto.

A perder por dois golos de diferença e vendo que Léo Jabá e Ronaldo Tavares estavam a ficar sem bateria, Sérgio Vieira tirou-os para dar lugar a Kikas e Pedro Sá, mas a equipa de Roger Schmidt já era dona do jogo, que depois se tornou algo aborrecido até ao fim. S

e bem que no Estádio José Gomes isso é relativo, pois ver futebol a dois metros de distância torna tudo mais incrível para os adeptos, que até se atrevem a tentar distrair os jogadores chamando-os na vã esperança que eles responderem, nem que seja com um olhar. 

E quando Hélder Malheiro obrigou Arthur Cabral a deixar o campo pelo caminho mais perto, quando foi substituído por Marcos Leonardo, acabou por fazer um favor aos adeptos benfiquistas que o aplaudiram até ao banco após mais um grande jogo.

O avançado esteve nos três primeiros golos do Benfica, mas já viu de fora mais um golo do recém-contratado Marcos Leonardo. 

O Benfica regressou aos triunfos, somando o 18.º jogo sem perder na I Liga. Isto depois de ter visto fugir a Taça da Liga, depois de já ter levantado a Supertaça. 

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Gerardo Santos / Global Imagem