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Angola quer investimento japonês nos sectores da agricultura e infra-estruturas

Angola pretende aprofundar a parceria com o Japão para a captação de investimentos e diversificar a economia nacional nos sectores da agricultura, energias renováveis, turismo e infra-estruturas, considerados cruciais para reduzir a dependência da economia aos recursos naturais.

A intenção foi manifestada esta semana, em Osaka, pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, que discursava em representação do Presidente da República, João Lourenço, no acto oficial do Dia de Angola na Expo 2025.

A ministra de Estado ressaltou a importância da implementação plena do Acordo para a Liberalização e Protecção de Investimentos (ALPPI), datado de Agosto de 2023, que oferece vantagens e oportunidades singulares para os empresários criarem condições favoráveis para o investimento e estimularem as iniciativas de co-criação defendidas no quadro da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (TICAD).

Com quase cinquenta anos de relações diplomáticas estabelecidas em 1976, Angola considera o Japão um parceiro importante.

Maria do Rosário Bragança mencionou os inúmeros programas de apoio ao desenvolvimento que o Japão tem proporcionado à Angola, incluindo a reabilitação do Porto do Namibe, formação de quadros na Educação, projectos de cultivo de arroz no Huambo e Bié, reabilitação parcial do Hospital Josina Machel e no processo de desminagem.

“Esta é, inegavelmente, uma oportunidade de ouro para que as empresas japonesas aprofundem o conhecimento sobre o vasto potencial de Angola”, disse a ministra de Estado.

Durante o seu discurso, realçou ainda o potencial da biodiversidade biológica, cultural, tradições e costumes multifacetados, a vasta costa de praias paradisíacas, com areias douradas ao longo do Atlântico.

Além disso, indicou o deserto do Namibe e as quedas de água de Kalandula e Pedras Negra, em Malanje, as paisagens das Fendas da Tundavala e da Serra da Leba na Huíla, e as florestas tropicais de Cabinda, Uíge e Cuanza-Norte, como espaços de conexão com a natureza.

Nesse sentido, incentivou os japoneses a aproveitarem a vantagem da isenção de vistos de turismo e embarcarem para Angola ao encontro da natureza e da fauna singular, como a Palanca Negra Gigante, ou a flora emblemática, como os imbondeiros e a Welwitschia Mirabilis.

Ao dirigir-se às distintas personalidades, com destaque para o vice-ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, Niki Hirobumi, a governante angolana disse que a Expo 2025 transcende fronteiras e oferece uma oportunidade ímpar para se conhecer profundamente, através da história, da cultura e da dinâmica social, as diversas regiões do mundo.

Fonte e crédito da imagem: www.forbesafricalusofona.com