A portuguesa Egas Moniz School of Health & Science e o Instituto Superior Politécnico de Alvorecer da Juventude de Angola (ISPAJ) estabeleceram um acordo de cooperação que abre caminho ao trabalho conjunto em áreas da saúde, como psicologia, fisioterapia, medicina dentária, análises clínicas e saúde pública, com foco nas ciências biomédicas laboratoriais e enfermagem.
Em saúde pública, por exemplo, o foco da investigação e intervenção está posto nas doenças endémicas de Angola, como a malária, doenças tropicais negligenciadas, HIV e tuberculose.
“O objetivo de partilha de conhecimento científico e de experiência local entre as duas instituições, pode resultar em estratégias mais eficazes para controle e prevenção de doenças”, salienta José João Mendes, presidente da direção da Egas Moniz School of Health & Science, ao Jorna Económico.
Por seu turno, Albertino Candimba Sebastião, presidente do ISPAJ, ressalta o aspeto estratégico do acordo: “O objetivo é conseguir criar um ambiente propício para a aprendizagem, onde tanto os estudantes como investigadores, possam beneficiar de uma visão global e enriquecer a formação em áreas fundamentais para o desenvolvimento de Angola e Portugal”.
O ISPAJ, sediado em Luanda, está estruturado em torno do Departamento das ciências e da saúde, Ciências das Engenharias e Ciências Exatas e de Ciências Sociais e Económicas.
A Egas Moniz, fundada em 1982, é gerida pela Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, tem campus na Caparica e ministra quatro Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTSP), nove licenciaturas, 13 mestrados, três mestrados integrados, dois doutoramentos e dois cursos conferentes de grau de especialista da Ordem dos Médicos Dentistas, para além de vários cursos pós-graduados e cursos no âmbito do PRR.
A colaboração – segundo explica ao JE, o signatário do acordo pela parte portuguesa – é alicerçada em três pilares: ensino, com foco na inovação pedagógica, na partilha de boas práticas entre ambas as instituições e na submissão de novos ciclos de estudo; na internacionalização, que se centra na mobilidade e intercâmbio de docentes, não docentes e alunos; e investigação, com partilha de meios e investigação conjunta”.
“Uma das áreas desta cooperação centra-se nos ciclos de estudo de ciências e saúde bem como das ciências sociais, sendo valorizado os estudos do ISPAJ, que incluem investigação sobre plantas medicinais locais e a sua aplicação na saúde moderna Acreditamos que juntando o conhecimento local e a expertise científica da Egas Moniz poderão ser desenvolvidos novos tratamentos ou medicamentos à base de plantas”.
O protocolo entrou em vigor no dia 5 de setembro e, neste momento, afina-se e organiza-se o intercâmbio conforme os calendários académicos. Mas, segundo José João Mendes, “ainda neste primeiro semestre letivo, contamos com intercâmbio presencial em reunião conjunta para apresentação do plano de trabalho com vista a elaboração de ciclos de estudos com objetivos científicos e pedagógicos convergentes”.
A curto prazo está prevista a participação online do corpo docente e de alunos do ISPAJ nas Jornadas Científicas Universitárias e Politécnicas Egas Moniz – One Health & Science – Partnerships for the Goals, que decorrem de 25 a 29 de novembro de 2025.
Nas jornadas estarão envolvidos 3502 alunos da Escola e alunos dos cursos de saúde do ISPAJ. Ainda neste primeiro semestre letivo, está previsto intercâmbio presencial em reunião conjunta para apresentação do plano de trabalho com vista a elaboração de ciclos de estudos com objetivos científicos e pedagógicos convergentes.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal
