Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Ana Rita Coelho é a grande vencedora do Cascais Ópera

A mezzo-soprano portuguesa Ana Rita Coelho conquistou neste domingo o Grand-Prix Égide, no valor de 10 mil euros, do concurso Cascais Ópera, cuja final decorreu no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, neste domingo.

Além do prémio monetário, a cantora lírica garantiu um contrato com o Teatro Nacional de São Carlos.

Eram oito os finalistas, de sete nacionalidades, todos estrangeiros com exceção de Ana Rita Coelho. Cada participante interpretou duas árias, que no caso da vencedora foram Werther! Qui m’aurait dit…Ces Lettres!, da ópera Werther, de Jules Massenet, e Voi lo sapete, o mama, da ópera Cavalleria rusticana, de Pietro Mascagni.

O Prémio “Teresa Berganza”, para a melhor voz feminina, foi para a mezzo-soprano israelita Anna Tetruashvili. O barítono Viktor Aksentijevic, da Sérvia, recebeu o Prémio “Maurício Bensaúde”, que distingue a melhor voz masculina.

O Cascais Ópera, que teve este ano a segunda edição, reuniu 30 cantores de 18 nacionalidades, escolhidos entre 340 candidaturas provenientes de cerca de meia centena de países.

Na final, além da grande vencedora portuguesa e dos também vencedores israelita e sérvio, participaram a soprano espanhola Laura Brasó, a soprano alemã Defne Celik, a soprano chinesa Manhan Qi, o baixo sul-coreano JaeWoung Lee e o tenor Sehyun Kyung, também da Coreia do Sul,

No Grande Auditório da Gulbenkian, os finalistas foram acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Antonio Pirolli.

O concurso é co-organizado pela Associação CIVOC, a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luis I. Na primeira edição do Cascais Ópera, em 2024, com final no Teatro Nacional de São Carlos, o grande vencedor foi o barítono sul-coreano Hae Kang.

Numa conversa com o DN em vésperas do arranque da edição deste ano, cujas eliminatórias decorreram em Cascais de 23 a 30 de abril, Adriano Jordão, diretor artístico, e Alexandra Maurício, diretora-geral do Cascais Ópera, contaram o início de tudo. E cito aqui um trecho da entrevista de Mariana de Melo Gonçalves:

“A ideia para o concurso surgiu de um convite do cantor russo Sergei Leiferkus, amigo do pianista Adriano Jordão. ‘Um dia o Adriano disse-me: Alexandra, vamos a casa de um grande barítono que está a viver em Portugal, que tem uma proposta para nos fazer’, relembra Alexandra Maurício. Adriano Jordão acrescenta que Sergei Leiferkus já tinha mencionado um concurso de Ópera na Noruega. “O concurso era de um nível altíssimo, mas ele disse que estava muita chuva na altura. Quando chegou a Cascais, viu um tempo esplendoroso e disse-me ‘porque não fazer um concurso aqui? A ideia para este concurso surgiu aí’”.

Sergei Leiferkus é atualmente presidente do júri e diretor artístico.

Haverá em 2026, em datas a anunciar, a terceira edição deste concurso de ópera, cujos organizadores querem que se destaque como “compromisso renovado com a excelência artística e com a consolidação da sua dimensão internacional”. A RTP transmitiu a final do Cascais Ópera.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: www.noticiasaominuto.com