Rúben Amorim considerou esta quarta-feira que o Sporting precisa de “alguma sorte” e “talento” para vencer esta quinta-feira (17.45, SIC) o Arsenal, líder da Premier League, na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa.
“Conhecemos o espírito do Arsenal, tem muita fome de vencer. A nossa equipa tem melhorado e estamos preparados para o Arsenal. Nestes jogos o treinador não precisa de se preocupar com a concentração porque os jogadores já estão concentrados. Temos um plano, queremos ganhar, sabendo das diferenças entre as duas equipas”, disse o técnico leonino, que anunciou que St. Juste será titular, mas não poderá contar com Ugarte, que está castigado.
Amorim já tinha dito que mesmo que o Sporting conquistasse a Liga Europa, não salvaria a época. Mas ontem admitiu que eliminar os ingleses seria um incentivo extra até para sonhar vencer a prova. “Não ficaríamos como favoritos, mas o futebol é o momento. Vencendo uma equipa como o Arsenal mostra-nos que tudo é possível. Eliminando o Arsenal íamos enfrentar os desafios com outra mentalidade. Ainda estão equipas com outro poderio, não adianta pensar já nisso.”
Questionado sobre se a tarefa dos leões pode ficar facilitada por ser previsível que o treinador Mikel Arteta faça alterações na equipa, poupando alguns jogadores, Amorim recusou a ideia. “A dinâmica não muda muito. É uma equipa com uma rotina muito grande, já jogam há muito tempo. Nunca são uma equipa fraca, são sempre fortes. Eles fazem uma rotação para ter jogadores frescos, vêm de um campeonato onde a rotação é muito intensa.”
Sporting passou oito de 11 eliminatórias com ingleses. Mas o Arsenal…
O Sporting volta a encontrar esta quinta-feira (17.45, SIC) uma equipa inglesa nas provas europeias, e desta vez o adversário nos oitavos de final da Liga Europa é o Arsenal, líder da Premier League que está a realizar uma época fantástica.
Uma missão muito complicada, mas a realidade é que o histórico de confrontos com ingleses, apesar de negativo, nem é assim tão mau. E há exemplos no passado aos quais os leões se podem agarrar.
No total, foram 31 jogos nas competições europeias contra ingleses, desde a época 1963-64, com 10 vitórias do emblema de Alvalade, oito empates e 13 derrotas. Em termos de golos marcados e sofridos, o histórico é ainda mais equilibrado – 37-38.
Mais importante é a contabilidade em termos de passagens de eliminatórias, com o Sporting a conseguir levar a melhor sobre emblemas ingleses em oito de 11 duelos.
Uma saga que começou na temporada 1963-64, com um dos jogos mais memoráveis da história do clube, que depois de ser goleado em Inglaterra (4-1), deu a volta ao resultado em Lisboa batendo o Manchester United por 5-0 (!) nos quartos de final da Taça das Taças, com três golos de Oswaldo Silva. Prova, aliás, que os leões viriam a vencer.
O Manchester United foi a primeira de oito equipas inglesas que o Sporting fez cair, sete das quais de forma consecutiva, desde 1973/74, temporada em que os leões eliminaram o Sunderland (Taça das Taças). Depois, seguiram-se o Southampton (1981/82, Taça UEFA), Middlesbrough e Newcastle (2004/05, Taça UEFA), época em que os leões chegaram à final da prova, Bolton (2008/08, taça UEFA), Everton (2009/10, Liga Europa) e o Manchester City (2011/12, Liga Europa).
O City foi precisamente o último emblema inglês eliminado pelo Sporting, nos oitavos de final da Liga Europa. O Sporting venceu em Alvalade por 1-0 na primeira-mão, com o famoso golo de Xandão de calcanhar, e depois, apesar da derrota por 3-2 em Inglaterra, seguiu em frente devido ao número de golos apontados fora. Na altura os citizens eram treinados por Roberto Mancini.
Local: Estádio José Alvalade (Lisboa)
Horário: 17h45 (hora Lisboa) / 14h45 (hora Brasília)
Transmissão: SIC (Portugal) / Star+ (Brasil)
Prováveis escalações:
Sporting: Adán; Inacio, Coates, St. Juste; Esgaio, Tanlongo, Morita, Matheus Reis; Marcus Edwards, Paulinho, Pedro Gonçalves
Arsenal: Turner; White, Saliba, Gabriel Magalhães, Tierney; Xhaka, Jorginho, Saka, Odegaard, Smith Rowe; Gabriel Martinelli
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: António Cotrim / EPA