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Ambição do Benfica bateu no ferro e Marselha vingou a mão de Vata

Vingança! O Marselha eliminou o Benfica da Liga Europa e conseguiu vingar a mão de Vata 34 anos depois dessa eliminatória traumática que impediu os franceses de chegar à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus (1989-90). Os gauleses venceram o jogo (1-0) e empataram a eliminatória (2-2), que reverteram a seu favor no desempate por grandes penalidades (4-2).

Foi um jogo demasiado pensado e demasiado tático, mas nem por isso deixou de ser uma grande noite europeia para… o Marselha, que assim impediu o melhor desempenho em provas europeias na última década da parte do Benfica.

Desde 2013-14 que as águias não conseguem passar a barreira dos quartos de final. E foi a terceira vez seguida que ficaram pelos quartos.

Entrando no Orange Vélodrome em vantagem, depois do triunfo no Estádio da Luz (2-1), a equipa de Roger Schmidt deixou que o Marselha tomasse as rédeas do jogo. Uma estratégia que tanto podia ter corrido bem como mal.

Acabou por correr mal no desempate por grandes penalidades. Di María acertou no poste e António Silva permitiu a defesa de Pau López dando por terminado o sonho europeu do Benfica.

O alemão tinha dado a receita para o sucesso – “bravura, inteligência tática e motivação” -, que também passava por ter mais bola e assim que David Neres pegou na bola tentou de imediato inaugurar o marcador.

Não o conseguiu por pouco aos quatro minutos e depois Iliman Ndiaye visou a baliza de Trubin. O Benfica tinha muitas dificuldades em sair a jogar de forma apoiada face à elevada pressão dos franceses, que mais facilmente iam chegando à baliza encarnada.

As acelerações de Aubameyang (o melhor marcador de sempre da Liga Europa) eram um problema para os encarnados.

O nulo no marcador ao intervalo não surpreendia dada a ausência de oportunidades de golo flagrantes para qualquer uma das equipas. Se o Marselha fez um remate enquadrado com a baliza de Trubin, o Benfica não conseguiu nenhum.

VAR anulou mão de Neres

O segundo tempo começou com um lance de possível penálti a favor dos franceses, que pediam uma mão na bola de David Neres na grande área.

Mas, após análise do videoárbitro, o árbitro mandou seguir, considerando o toque casual. Inegável era o maior índice de perigosidade do Marselha. Geoffrey Kondogbia fez Trubin tremer, com um violento remate de pé esquerdo. O guarda-redes ucraniano impediu logo depois o golo de Harit.

Schmidt percebeu o perigo e mexeu na equipa, reforçando o meio-campo com poder de choque e inteligência a sair com bola. Ou seja com Kökçü e João Mário a entrarem para os lugares de Neres e Tengstedt (uma nulidade ofensiva).

Seguiram-se momentos de aflição para a equipa encarnada. Um erro de Trubin (emendado pelo próprio) quase permitia a Jordan Veretout inaugurar o marcador e empatar a eliminatória. Na sequência de um canto, o guardião ucraniano largou a bola e o médio francês aproveitou para atirar à baliza, mas a bola bateu no joelho do guardião e desviou para canto.

Do erro à defesa milagrosa foi apenas um minuto. O guardião ucraniano esticou-se todo logo a seguir para impedir que Kondogbia fosse bem-sucedido na missão.

Galvanizados por este momento de puro talento de Trubin, Rafa e Di Marí uniram esforços para chegar à baliza de Pau López, que impediu o golo da tranquilidade vermelha e branca com uma dupla defesa. Um lance fugaz e esporádico que não teve seguimento e acabou anulado por Faris Moumbagna.

Com a eliminatória empatada, Aos 79’ Di María podia ter vestido a pele de herói, mas de cabeça é mais difícil para quem tem o futebol nos pés e o cabeamento saiu na direção das luvas de Pau López.

O prolongamento era inevitável… assim como as grandes penalidade, tal a passividade nos 30 minutos extra, com exceção de uma oportunidade criada por Arthur Cabral. E nas decisões dos 11 metros, o Marselha foi mais eficaz e conheceu o sabor da vingança e irá agora medir forças nas meias-finais com a Atalanta.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Guillaume Horcajuelo