Jogo fantástico em Guimarães. Cinco golos, incerteza no marcador até ao fim e um segredo por revelar no guião do triunfo do Vit. Guimarães sobre o Sporting (3-2) na 13.ª jornada da I Liga.
Conseguir os três pontos na sempre difícil deslocação ao D. Afonso Henriques era o objetivo e chegar ao Natal líder era o bónus para os leões, uma vez que ficariam com mais quatro pontos e na próxima jornada recebem o FC Porto… mas nenhum deles foi conseguido.
Álvaro Pacheco foi o primeiro técnico a conseguir anular esse portento que tem sido Viktor Gyökeres (15 golos em 18 jogos), mas no final não explicou como aprisionou o avançado sueco, que fez provavelmente o pior jogo desde que chegou.
O técnico dos vimaranenses guardou o segredo para futuros duelos e apenas elogiou o bom desempenho defensivo e em especial dos seus três centrais, que se revezaram na marcação a Gyökeres. A estabilidade defensiva foi apenas um dos pilares do triunfo dos da casa sobre o líder do campeonato.
Já se sabia que o onze leonino não teria St. Juste (lesionado) nem Coates (castigado) e adivinhava-se a presença de Matheus Reis, mas a opção de Rúben Amorim por Geny Catamo para o meio campo foi de alguma forma surpreendente, tendo em conta que não era titular desde outubro.
Aos oito minutos, Pedro Gonçalves obrigou Varela a uma grande defesa para impedir o golo leonino. A partida manteve a intensidade nos duelos, mas foi preciso esperar até aos 42 minutos para o marcador funcionar. Gonçalo Inácio apareceu numa zona que costuma ser de Gyökeres e fez o 1-0.
Os festejos estenderam-se às bancadas e o fumo das tochas turvou a vista à defensiva vitoriana, que deixou Pedro Gonçalves livre para fazer um chapéu de longa distância a Bruno Varela, mas Pote foi tão rápido a antecipar-se que foi apanhado em fora de jogo e o lance invalidado.
O intervalo só chegou depois do empate. Nos cinco minutos extra, Adán derrubou Ricardo Mangas na área leonina e João Pinheiro marcou grande penalidade, transformada por Tiago Silva. O vimaranense tem uma certa apetência para ferir o leão 5.º golo ao Sporting, por três clubes diferentes: Belenenses, Feirense e Vitória.
Segunda parte de loucos
No segundo tempo, o Vit. Guimarães jogou com o apoio dos adeptos e assumiu o controlo do jogo e do marcador, obrigando o líder do campeonato a correr atrás do empate… que não conseguiria.
Num plantel com cinco jogadores de apelido Silva, três deles escreveram o nome na lista de marcadores. André Silva fez o 2-1 a meias com Morita, que lhe desviou o remate e traiu Adán. O empate não demorou. Nuno Santos tinha entrado ao intervalo para o lugar de Esgaio e apareceu solto na área a aproveitar uma oferta de Pote.
Amorim trocou Edwards por Paulinho e Hjulmand por Trincão, que foi protagonista de mais uma grande oportunidades. Mas como não há dois Silva sem três… Dani Silva fez o 3-2 para a equipa de Álvaro Pacheco.
O golo que daria o triunfo aos nasceu de uma jogada fantástica de Dani Silva, que, acabado de entrar, tabelou com Mangas e de ângulo apertado acaba por bater Adán, que impediu o 4-2 (num remate de Adrián Butzke).
Os últimos minutos foram de muito nervosismo. Depois de uma grande confusão juntos aos bancos e com João Pinheiro a distribuir cartões, nervos, faltou sorte a Pedro Gonçalves para fazer o empate e assim os leões perderam em Guimarães cinco anos depois. A última vitória dos vimaranenses frente aos leões tinha sido em dezembro de 2018, na era Luís Castro.
Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal