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Águia abanou mas não caiu em Vizela

Vitória sofrida do Benfica em Vizela, com bis de João Mário, apesar da grande réplica da equipa de Tulipa, que fez abanar as águias e criou várias chances de perigo, não sendo, contudo, bafejada pela sorte na segunda parte, altura em que se exibiu ao melhor nível perante as águias.

O médio benfiquista inaugurou o marcador ao minuto 38, ao desviar a bola do alcance de Buntic, e selou o resultado aos 90+5, na cobrança de um penálti, que gerou confusão entre o banco de suplentes ‘encarnado’ e o setor da bancada logo atrás, o que levou à expulsão do treinador Roger Schmidt, responsável por uma equipa que permanece 100% vitoriosa na segunda volta, agora com 59 pontos, mais oito do que o segundo classificado, FC Porto, que no domingo recebe o Gil Vicente.

Roger Schmidt optou por fazer três alterações no onze depois da vitória na Luz sobre o Boavista: fez regressar Alexander Bah, após castigo, ao lado direito da defesa, preterindo Gilberto; prescindiu de Chiquinho e colocou Aursnes ao lado de Florentino para permitir a entrada de Guedes no lado esquerdo do ataque, apostando também em David Neres no lugar de Rafa Silva.

Do lado do Vizela, Tupila fez regressar Raphael Guzzo e Samu ao onze, por troca com Ivanildo e Osama Rashid, e apostou numa linha defensiva com quatro unidades.

O Vizela procurou entrada forte, até conquistou o primeiro pontapé de canto do jogo, mas foi oferecendo o seu meio campo ao Benfica, que passou longos períodos lá instalado, a tentar contornar as duas linhas do bloco vizelense, que com o seu bom posicionamento foi controlando as investidas das águias, não evitando alguns lances de perigo.

Mas a primeira verdadeira ocasião de golo acabou por pertencer à equipa da casa, aos 28’, com Kiko Bondoso a entrar de rompante na área e a rematar apenas com Vlachodimos pela frente, com este a evitar o golo.

Quase dez minutos depois, o Vizela voltou a cheirar o golo, após uma atrapalhação de Vlachodimos, que com mau domínio de bola na área viu Osmajic tirar-lhe o esférico, que acaba por sobrar para remate de Nuno Almeida muito por cima.

Quem não marca… sofre. E foi neste momento de ímpeto ofensivo do Vizela que o Benfica acabou por chegar à vantagem, numa transição rápida: recuperação de Aursnes na grande área, a lançar slalom de Guedes, que é travado a meio caminho, mas faz a bola sobrar para Neres, que leva até à grande área e solicita remate cruzado de João Mário, que acaba por bater Buntic e colocar os encarnados em vantagem.

A segunda parte arrancou com remate cruzado de Neres para as mãos de Buntic e o Vizela respondeu com chance de golo, um livre cobrado para Claudemir, que já no interior da área do Benfica, aos 51’, rematou forte e cruzado para desvio de Vlachodimos para canto.

O Vizela acreditava, o Benfica complicava em termos defensivos e aos 65 minutos foi bafejado pela sorte, com Osmajic e Kiko Bondoso a acertarem nos ferros no mesmo lance, para desespero dos adeptos vizelenses.

Era a melhor fase da equipa da casa, que não mais voltou a deixar o Benfica mandar no jogo, controlando defensivamente os ataques adversários e procurando o golo do empate, que fez por merecer.

E só permitiu que o jogo ficasse verdadeiramente decidido já nos minutos finais, quando Lacava travou Grimaldo dentro da área, permitindo a João Mário, que falhara dos 11 metros na jornada anterior, reencontrar-se com os golos na conversão de um pontapé de penálti, selando o 2-0 final já aos 90+5.

Fonte: Jornal A Bola – Diário de Notícias / Portugal

Crédito das imagens: Miguel Pereira / Global Imagens