O cenário de filas intermináveis no controlo de fronteiras e caos na zona de recolha de bagagens do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, voltou a repetir-se esta segunda-feira (15).
Fonte oficial da ANA Aeroportos de Portugal confirmou ao Expresso a existência de “tempos de espera elevados no controlo de fronteiras no período da manhã, tendo atingido pontualmente um máximo de três horas e meia”.
A empresa que gere os principais aeroportos de Portugal, incluindo os de Lisboa, Porto, Faro, Beja, e os dos Açores e Madeira, sendo responsável pela sua operação e desenvolvimento, garante que “tem colaborado com as autoridades responsáveis pelo controlo de fronteira e apoiado os passageiros”.
A mesma fonte refere que a ANA tem como objetivo “mitigar, dentro do que está ao seu alcance, os lamentáveis constrangimentos, nomeadamente através da distribuição de água e comida”.
E aconselha os visados pelos tempos de espera excessivos no aeroporto de Lisboa a contactar as entidades responsáveis pelo controlo de fronteira, para mais informações.
No entanto, apesar de a ANA dizer que os tempos de espera elevados se verificaram na manhã desta segunda-feira, ao final da tarde surgiam ainda relatos da existência de milhares de passageiros a aguardar o controlo de fonteiras.
Isto porque, alegadamente, metade das cabines de verificação de passaportes estariam fechadas, avançou a SIC Notícias.
Da mesma forma, e como consequência da retenção dos passageiros provenientes de voos internacionais (fora da zona Schengen) nas filas para verificação de passaportes, a área de recolha de bagagens também sofreu graves constrangimentos, já que os proprietários das malas não conseguiram avançar em tempo útil até aos tapetes rolantes para levantar as mesmas. Estas acumularam-se e dificultaram o normal funcionamento desta zona aeroportuária.
O controlo de fronteiras no Aeroporto de Lisboa é da responsabilidade da Polícia de Segurança Pública (PSP) e, desde outubro de 2025, integra um novo sistema europeu digital para cidadãos extracomunitários, que permite registar eletronicamente as entradas e saídas de pessoas de fora da UE, substituindo os antigos carimbos.
O sistema aplica-se a cidadãos de países não pertencentes à União Europeia para uma estada de curta duração até 90 dias num período de 180 dias.
De acordo com o Público, perante os constantes “entupimentos” do controlo de passaportes, este espaço do aeroporto terá uma nova configuração no futuro, que está agora a ser concebida para acomodar mais cabines com polícias e um maior número de portas electrónicas.
A Direcção Nacional da PSP e a ANA – Aeroportos de Portugal estão a trabalhar em conjunto para redesenhar o espaço: a PSP “será responsável pela aquisição dos novos equipamentos, enquanto a ANA assegurará as intervenções necessárias nas infra-estruturas”, de acordo com resposta conjunta enviada ao jornal pelos ministérios da Administração Interna e das Infra-Estruturas.
Um estudo aponta para a possibilidade de se aumentar em 30% o número de boxes e em e 70% o número de portas electrónicas.
Fonte: www.expresso.pt
Crédito da imagem: Tiago Miranda
