O Conselho de Ministros aprovou na reunião desta quinta-feira os substitutos dos conselhos de administração das Unidades Locais de Saúde (ULS) Gaia/Espinho, liderado até aqui por Rui Guimarães, e de Tâmega e Sousa, liderado por António Capelas.
Segundo a resolução do Conselho de Ministros, o Conselho de Administração de Gaia/Espinho será presidido por Luís Filipe Ferreira da Cruz Matos, que já esteve em vários conselhos de administração hospitalares, nomeadamente no de Gaia e de Braga, e que mais recentemente exercia funções como administrador executivo do Hospital da Prelada da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Ana Margarida Rodrigues Fernandes é a diretora clínica da área hospitalar e Belmiro Manuel Pereira da Rocha diretor clínico dos cuidados primários. Como vogais estão Inês Ribeiro Pereira Miranda Rodrigues Souto e Castro e Maria Clara de Castro Cabanas.
Em relação à ULS Tâmega e Sousa, o Conselho de Ministros designou para a administração José Luís Gaspar Jorge, que também já foi presidente do Conselho de Administração do Hospital de Amarante, é um homem do PSD e que agora é presidente da autarquia de Amarante.
Carmen Filipa Ribeiro Dias Carneiro foi designada como diretora clínica para a área hospitalar e Sónia Manuela Rodrigues Moreira como diretor clínica para a área dos cuidados primários. Como vogais foram nomeados Jorge Luciano Leite Monteiro, Valentina Alexandra Maia Borges e Pedro Dinis Silva Mendes.
Ministra da Saúde continua com mudanças nos Conselhos de Administração das ULS
Todos estes elementos foram mandatados por um período de três anos e assumirão funções assim que houver parecer positivo da CReSAP , refere o comunicado do Conselho de Ministros.
Com a substituição destas duas ULS, passam a sete as mudanças na Saúde encetadas pelo ministério de Ana Paula Martins.
Mas há mais. O DN apurou ainda que esta semana a presidente do Conselho de Administração da ULS Arco Ribeirinho, Teresa Carneiro, que integra os hospitais do Barreiro e do Montijo e respetivos cuidados primários, foi chamada ao Ministério da Saúde para ser informada de que não iria continuar em funções, devendo aguardar a substituição da sua equipa.
Este CA foi nomeado ainda pelo anterior Governo, a 29 de janeiro de 2024, para assegurar a administração da ULS, mas já estava em funções na administração do Centro Hospitalar que reunia as duas unidades, apenas teve de ser nomeado um novo elemento para assumir s funções da direção clínica a área dos cuidados de saúde primários.
O DN apurou ainda que estão também a ser preparadas as substituições das administrações das ULS de Braga e de Trás-os-Montes e Alto Douro, esta integra o Hospital de Vila Real.
As substituições que estão a ser feitas pela tutela têm sido criticadas pela oposição e nomeadamente pelo antigo diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, que num artigo recente defende que o Tribunal de Contas deveria auditar os custos que estas substituições podem trazer ao erário público.
A estratégia seguida pelo Ministério da Saúde na maior parte dos casos tem sido a de substituir quem chega ao fim de mandato, como aconteceu esta semana com o Conselho de Administração do IPO de Lisboa. Eva Falcão tinha cessado o mandato a 31 de dezembro, embora continue a assegurar a gestão até ser substituída.
O DN sabe que o nome indicado para a sua substituição é o de Carla Gonçalo, ex-presidente do CA do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental e que ainda está em funções no Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS, desde que esta foi assumida por António Gandra d’Almeida.
Para a Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra, o DN sabe que terá sido escolhido Carlos Sá, atual presidente da Comissão Executiva do Hospital da Cruz Vermelha, a qual integra o Conselho de Administração presidido pelo ex-ministro da Saúde do PS, Adalberto Campos Fernandes, para substituir no cargo Luís Gouveia, cuja equipa renunciou às suas funções em bloco há duas semanas.
O nome de Carlos Sá está já na CreSAP para avaliação e depois para nomeação.
Fonte: diário de Notícias / Portugal
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