O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP), iniciativa da Turismo Centro de Portugal com o objetivo de monitorizar e avaliar de maneira precisa a atividade turística na região, passou a integrar a INSTO – Rede Internacional de Observatórios de Turismo Sustentável das Nações Unidas, cerimónia que decorreu esta quarta-feira em Madrid, e que deu também as boas-vindas a observatórios congéneres da Irlanda, Japão, Colômbia, México e Filipinas.
O OTSCP foi criado pela Turismo Centro de Portugal, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, através do CiTUR – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo do Politécnico de Leiria, e conta também com o apoio do Turismo de Portugal.
O Conselho Técnico-Científico do Observatório inclui 30 investigadores de instituições de Ensino Superior do Centro de Portugal, enquanto o Conselho Consultivo Empresarial é composto por alguns dos principais empresários e instituições representativas da atividade turística na região.
Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, explica a importância deste momento, referindo que a admissão do Observatório de Turismo Sustentável do Centro de Portugal na INSTO “é mais um passo importante na promoção do turismo sustentável na região”.
“O turismo contribui de forma decisiva para o desenvolvimento integrado e coeso de toda esta região mas, para tal, é essencial que se possam tomar decisões com base em dados e indicadores rigorosos”, destaca Raul Almeida, assinalando ainda que “é cada vez maior a necessidade de monitorizar a atividade turística, com base em indicadores fiáveis e abrangentes”.
“Nesta perspetiva, o Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal desempenha um papel imprescindível no apoio ao processo de tomada de decisão de todos os empresários e decisores públicos do Centro de Portugal”.
Francisco Dias, coordenador do OTSCP, apresentou a estrutura do Observatório e detalhou as principais atividades já desenvolvidas e em curso. Sublinhando a importância de “medir para gerir” e de “aumentar a consciencialização e o envolvimento das partes interessadas”, Francisco Dias explicou que o OTSCP visa dar resposta a dificuldades sentidas pelos empresários e pelos decisores regionais.
“Falta informação desagregada sobre receitas, custos e rendimentos líquidos por tipo de alojamento e por sub-região” e “as oito sub-regiões têm um portefólio muito diferente entre si e muito diversificado de produtos turísticos de nicho”, exemplificou.
“Os dados estatísticos genéricos centram-se em indicadores de alojamento, os quais, além de insuficientes, podem até ser falaciosos”, salientou também, concluindo que “falta uma monitorização contínua dos impactos económicos, ambientais e socioculturais do turismo”.
Ser membro da INSTO implica o compromisso por parte dos membros em monitorizarem e medirem a atividade turística e os seus efeitos em onze áreas temáticas.
A saber: satisfação local, emprego, governança, sazonalidade, benefícios económicos, energia, água, gestão das águas residuais, gestão de resíduos sólidos, acessibilidade e ação climática. Francisco Dias adiantou que o OTSCP tem já em curso, ou em projeto, a análise de indicadores concretos da atividade turística na região, em todas essas áreas.
Criada pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT), a INSTO apoia a monitorização e avaliação do turismo sustentável em destinos ao redor do mundo.
Fonte e crédito da imagem: www.publituris.com.pt