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Benfiquista Otamendi ‘escreve’ inédita derrota caseira do Brasil

Um golo do central benfiquista Nicolás Otamendi valeu na terça-feira à Argentina um histórico triunfo por 1-0 no Brasil, que sofreu o primeiro desaire caseiro de sempre em eliminatórias de acesso ao Mundial de futebol, em pleno Maracanã.

Aos 63 minutos, o ‘capitão’ do Benfica saltou mais alto, após canto marcado na esquerda por Giovani Lo Celso, e bateu Alisson com um cabeceamento imparável, num jogo que começou com meia hora de atraso devido a cenas de violência nas bancadas.

Cinco dias depois do desaire por 2-0 na receção ao Uruguai, a campeã mundial Argentina voltou a mostrar que não está num bom momento e fez um jogo pouco conseguido, mas, ainda assim, conseguiu bater os ‘canarinhos’, em indisfarçável crise.

No que terá sido o último embate oficial do interino Fernando Diniz à frente da seleção, o Brasil somou a primeira derrota em casa de sempre em eliminatórias, após 64 jogos, o terceiro desaire consecutivo e o quarto jogo sem ganhar.

Cinco dias depois do desaire por 2-0 na receção ao Uruguai, a campeã mundial Argentina voltou a mostrar que não está num bom momento e fez um jogo pouco conseguido, mas, ainda assim, conseguiu bater os ‘canarinhos’, em indisfarçável crise.

No que terá sido o último embate oficial do interino Fernando Diniz à frente da seleção, o Brasil somou a primeira derrota em casa de sempre em eliminatórias, após 64 jogos, o terceiro desaire consecutivo e o quarto jogo sem ganhar.

Numa primeira parte muito tensa, o único momento futebolístico aconteceu já aos 44 minutos, com Romero a evitar o golo de Martinelli, na sequência de um canto.

Após o intervalo, o Brasil entrou melhor e ameaçou por Raphinha (54 minutos) e Martinelli (58), mas ‘Dibu’ Martínez respondeu em ‘grande’ na baliza argentina e, do outro lado, após uma primeira jogada ofensiva, Otamendi faturou após canto de Lo Celso.

Na última meia hora, os ‘canarinhos’ ainda tentaram evitar o desaire, mas a Argentina, mais experiente, não teve grandes dificuldades em segurar a vantagem, sendo que, aos 81 minutos, o Brasil ainda perdeu Joelinton, expulso por alegada agressão.

Antes, aos 78 minutos, Lionel Scaloni substituiu um desinspirado Lionel Messi e lançou Ángel Di María, que, em 10 de julho de 2021, tinha marcado no mesmo local o golo do triunfo (1-0) sobre o Brasil na final da Copa América.

Confrontos nas bancadas

O encontro começou com um atraso de quase meia hora, devido a confrontos nas bancadas do Maracanã.

Na altura em que se entoavam os hinos, começaram confrontos nas bancadas entre adeptos argentinos e brasileiros, misturados atrás de uma das balizas do Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

@Antonio Lacerda / EPA

As forças policiais intervieram e começaram a confrontar-se com os adeptos argentinos.

Assim que terminaram os hinos, os jogadores da Argentina deslocaram-se até ao local, tentando acalmar os adeptos, mas os confrontos prosseguiram e os comandados de Lionel Scaloni recolheram aos balneários.

“Fomos para o vestiário porque era a forma de tudo se acalmar um pouco. Fomos ver como estavam os familiares e as pessoas próximas. E aí voltamos”, disse Messi no final do encontro.

Pelo contrário, os jogadores brasileiros, liderados por Fernando Diniz, mantiveram-se no relvado.

Depois de alguns minutos, as forças policiais conseguiram criar um cordão de segurança e isolar os adeptos argentinos, acalmando os ânimos.

Scaloni equaciona deixar comando da seleção argentina

Apesar da vitória, o selecionador argentino, Lionel Scaloni, afirmou que está a ponderar a continuidade no cargo.

“Agora, há que parar a bola e pôr-me a pensar. Tenho muito que pensar neste tempo, porque esta seleção precisa de alguém com todas as energias positivas”, disse Scaloni, o técnico que levou a Argentina aos triunfos no Mundial 2022 e na Copa América de 2021.

Scaloni adiantou que as suas declarações “não são um adeus”, mas reforçou que necessita de pensar, pois “a fasquia está muito alta e está muito complicado continuar”.

O técnico argentino disse ainda que vai falar com o presidente da federação argentina (AFA) e com os jogadores, que lembrou terem dado “muito” ao país.

Outras partidas

Os argentinos seguraram a liderança da zona sul-americana de apuramento para o Mundial 2026, com 15 pontos, mais dois do que o Uruguai, de Marcelo Bielsa, que voltou a mostrar o seu excelente momento, ao bater em casa a Bolívia por 3-0.

O ex-avançado benfiquista Darwin Núñez foi a grande figura do encontro, ao conseguir um ‘bis’, aos 15 e 71 minutos, antes de ser substituído por Luis Suárez, aos 73. Pelo meio, aos 39, Gabriel Villamil marcou na baliza ‘errada’.

Darwin Núñez faturou pelo quarto jogo consecutivo, depois do penálti, aos 90+1 minutos, que valeu um empate (2-2) na Colômbia, o tento que inaugurou o marcador na receção ao Brasil (2-0) e o que encerrou o triunfo na Argentina (2-0).

A Colômbia (terceira, com 12 pontos) também se manteve em alta, somando o segundo triunfo consecutivo e o sexto jogo a pontuar, ao vencer por 1-0 no Paraguai, graças a uma grande penalidade convertida logo aos 11 minutos por Rafael Santos Borré.

Pelo mesmo resultado, o Equador contabilizou o quinto jogo consecutivo a pontuar, ao receber e bater o Chile por 1-0, com um tento de Ángel Mena, aos 21 minutos, na recarga a uma defesa incompleta de Brayan Cortés a remate de Kendry Paez.

No encontro que fechou a ronda, o Peru esteve a vencer a Venezuela, com um tento de Yoshimar Yotún, aos 17 minutos, mas os forasteiros lograram resgatar o quinto jogo seguido sem perder, graças a um tento de Jefferson Savarino, aos 54.

Os venezuelanos são quartos classificados, com nove pontos, contra oito dos equatorianos e sete dos brasileiros, que seguem apenas no sexto lugar, o último que vale o acesso direto ao Mundial, prova que o Brasil — e mais nenhum outro — nunca falhou.

O Paraguai ocupa o sétimo lugar, de apuramento para um ‘play-off’ intercontinental, com cinco pontos, os mesmos do Chile, oitavo. A Bolívia segue no nono posto, com três, e o Peru no 10.º e último, com apenas dois.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Antonio Lacerda / EPA