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Estratégia resultou em pleno e Portugal fez ainda mais história ao vencer a Islândia

O caminho para o Euro 2024 foi perfeito. O apuramento de Portugal começou bem e acabou igualmente bem com um triunfo diante da Islândia (2-0), no último sábado, no mesmo Estádio José Alvalade que serviu de estreia a Roberto Martínez, o senhor apuramentos perfeitos.

Bruno Fernandes e Ricardo Horta marcaram os golos do décimo triunfo seguido da seleção e contribuíram assim para a história, uma vez que nunca a equipa das quinas tinha ganho dez jogos seguidos.

No fecho do apuramento – o mais precoce de sempre – para o Euro 2024, o selecionador português fez seis alterações no onze inicial, apostando no lateral direito João Mário a titular e mantendo Cristiano Ronaldo no ataque. João Palhinha voltou a ser o pêndulo que equilibrou a equipa ofensiva e defensivamente, fazendo de terceiro central em certas fases do jogo.

Com o apuramento para a fase final do Campeonato da Europa do próximo ano garantido, a seleção procurava um registo histórico: o apuramento 100% vitorioso e outros objetivos secundários como o melhor ataque e a melhor defesa de sempre em qualificações idênticas.

A nível individual, o capitão também perseguia uma marca que no início da qualificação poucos esperariam até pela incerteza da mudança para o campeonato saudita – a de melhor marcador. Algo que ficou quase impossível ainda antes do jogo começar, uma vez que o belga Lukaku marcou quatro golos ao Azerbaijão (5-0) e aumentou para seis os golos de vantagem na lista de melhores marcadores.

Nada que tenha intimidado CR7 no jogo 205 de quinas ao peito. Logo aos dois minutos teve uma clara oportunidade para inaugurar o marcador. Mesmo solto de marcação falhou o timing da impulsão e bateu mal na bola, perdendo assim a oportunidade de inaugurar o marcador.

Otávio foi o próximo a tentar. Intencional ou não o cruzamento-remate do luso-brasileiro acertou na barra e esfumou a esperança dos adeptos de festejar o primeiro golo.

Um leão e dois ex-leões brilharam em Alvalade

Gylfi Sigurdsson ainda lembrou que a Islândia iria aproveitar as sobras, mas o remate em arco saiu perto do poste da baliza de Diogo Costa. E não mais se veria um atrevimento igual. Portugal jogava bem, rápido, utilizando bem os corredores e fazia do meio campo islandês a sua sala de estar (72% de bola ao intervalo).

As bancadas acompanharam o espetáculo. E mesmo vestindo as cores verde-rubro, Alvalade não deixava de ser o estádio do Sporting e por coincidência os ex-leões Ronaldo (21″ e 32″), Gonçalo Inácio (25″) e Bruno Fernandes eram protagonistas das melhores oportunidades de golo. E seria um deles, Bruno Fernandes a inaugurar o marcador.

O médio recebeu o passe de calcanhar de Bernardo Silva e disparou rasteiro e cruzado apanhando Valdimarsson de surpresa. Se alguém merecia fechar com chave de ouro o apuramento era Bruno Fernandes, o único jogador a ser utilizado em todos os jogos e rentabilizando como ninguém os minutos jogados com seis golos e oito assistências para golo.

A equipa teria depois um verdadeiro teste à paciência. Portugal usava e abusava dos cruzamentos, mas as triangulações era interessantes e as inúmeras oportunidades criadas justificavam a opção por esse estilo de jogo, mas a qualidade exibicional não foi materializada em tantos golos como era suposto e a vantagem ao intervalo era magra.

Ronaldo homenageado ficou em branco

O segundo tempo começou com Bruno Fernandes a tentar um golo de trivela (49″) e Cristiano Ronaldo a fazer nova tentativa de cabeça (51″) enquanto ouvia das bancadas “Cristiano Ronaldo, Cristiano Ronaldo”. Bernardo Silva também tentou um golo de levantar o estádio antes de sair e dar lugar a Ricardo Horta… marcou pouco tempo depois.

Valdimarsson não ficou bem na fotografia. Defendeu um remate de João Félix – verdadeira dor de cabeça para a defensiva contrária – para a frente, Ronaldo estava atento e disparou na recarga, mas a bola acabou por sobrar para Ricardo Horta que fez o 36.º golo de Portugal neste apuramento – um novo recorde em qualificações.

A ganhar por dois, Portugal abrandou a intensidade, mas Ronaldo voltou a alavancar o jogo ofensivo. O capitão foi homenageado em Alvalade no início da partida e quereria marcar no regresso a casa, mas ficou em branco. Nada que tenha impedido a equipa da quinas de festejar o primeiro apuramento 100% vitorioso. Algo que o técnico espanhol conseguiu pela segunda vez na carreira.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Pedro Rocha / Global Imagens