O consulado de Portugal na cidade brasileira do Rio de Janeiro foi esta terça-feira alvo de buscas por parte das autoridades brasileiras e portuguesas, num caso de suspeita de corrupção relacionado com a obtenção de visto, indicaram fontes oficiais.
As investigações “apuram o agendamento ilícito de vagas para a prática de atos consulares, além dos crimes de corrupção, concussão, peculato e falsificação de documentos cometidos por funcionários do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em conluio com requerentes de vistos e nacionalidade portuguesa”, indicou a Polícia Federal (PF) do Brasil, em comunicado.
De acordo com a mesma nota, foi realizada na manhã de hoje no Brasil uma ação conjunta com autoridades portuguesas para cumprir cinco mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro e Saquarema.
Cerca de 30 agentes brasileiros e portugueses, para além de membros do Ministério Público de Portugal, cumpriram “os mandados expedidos pela Justiça Federal brasileira, a qual atendeu pedidos de mandados de busca e apreensão formulados por autoridades portuguesas”, detalharam as autoridades.
Fotografias partilhadas na página oficial da PF mostram agentes da Polícia Federal e da Polícia Judiciária de Portugal dentro do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro.
Em resposta à agência Lusa, a PF indicou não existirem “até o momento” mais atualizações sobre o balanço da operação intitulada de Agendródomo.
Buscas ocorreram após denúncias de utentes
As buscas das autoridades brasileiras e portuguesas no Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro ocorreram na “sequência de denúncias de utentes”, disse a Embaixada.
Em resposta à agência Lusa, a PF indicou não existirem “até o momento” mais atualizações sobre o balanço da operação intitulada de Agendródomo.
Numa nota, a Embaixada de Portugal no Brasil confirmou estar a decorrer uma investigação ao Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, “que resulta de um inquérito da Inspeção-Geral Diplomática e Consular (IGDC) do Ministério dos Negócios Estrangeiros”(MNE).
Esta investigação “ocorreu na sequência de denúncias de utentes”, detalhou a diplomacia portuguesa no Brasil.
“Tendo em conta os factos apurados, em sede de inquérito da IGDC, foi feita comunicação ao Ministério Público que tem, neste momento, o seu processo em curso, coadjuvado por trabalhadores do MNE”, concluiu a Embaixada de Portugal no Brasil.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Leonardo Negrão / Global Imagens