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Avião com portugueses retirados de Israel chegou a Lisboa esta manhã

O voo com um primeiro grupo de portugueses que quiseram sair de Israel, proveniente de Larnaca, no Chipre, chegou na manhã desta quarta-feira ao aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamentou a morte de uma jovem com nacionalidade portuguesa e revelou que há ainda quatro luso-israelitas desaparecidos em Israel.

“Estamos neste momento à procura de confirmação e de receber mais informação sobre esses quatro luso-israelitas”, disse.

A jovem Rotem Neumann, 25 anos, com nacionalidade portuguesa, estava no festival Teva, evento de música perto da fronteira com Gaza que foi invadido por militantes na madrugada de sábado. Dada como desaparecida, foi encontrada morta, revelou ontem a Associated Press.

O avião que transportava 152 cidadãos portugueses – e 14 cidadãos de outros países europeus – retirados de Israel aterrou pelas 10h45 em Figo Maduro.

“Temos ainda cerca de 2 mil portugueses que estão nas nossas listas consulares, contudo, esses não manifestaram vontade de regressar a Portugal, por enquanto”, disse o ministro.

“Estamos satisfeitos com o facto de ter sido possível fazer esta operação”, sublinhou Cravinho, dando conta das “circunstâncias muito difíceis”. “As nossas Forças Armadas foram exemplares neste processo”, destacou o ministro.

A chegada ao Aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, estava prevista para as 10:45, adiantou, anteriormente, uma mensagem do MNE na rede social X (antigo Twitter).

Na mensagem, o MNE indicou que a operação de repatriamento envolveu uma aeronave C-130 na retirada destes cidadãos da capital israelita”.

Na terça-feira, o MNE adiantou que “a operação portuguesa de repatriamento estava em curso, tendo a aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa transportado cerca de 80 pessoas de Telavive para Larnaca.

Esta operação de repatriamento foi operacionalizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e pelo Ministério da Defesa Nacional, tinha explicado o MNE anteriormente em comunicado, onde apontava inicialmente para 150 portugueses preparados para saírem de Israel.

O ministro João Gomes Cravinho alertou que “as complexas condições de operação em território israelita, podiam obrigar a alterações nos planos de voo”.

Segundo o MNE, há registo de 3.000 portugueses em Israel, sendo que “a grande maioria vive lá, tem dupla nacionalidade e não tem manifestado interesse” em viajar para Portugal.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O conflito armado já causou centenas de mortos de ambos os lados e milhares de feridos.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Ministério dos Negócios Estrangeiros / Portugal