Pesquisar
Close this search box.

Pastel de nata. Bastaram dois meses para fazer da Glória uma vencedora

Aqui não houve essa tendência tão na moda de fazer um soft opening. Pelo contrário, a Confeitaria Glória abriu com força máxima e, em apenas dois meses, já conquistou um dos mais cobiçados prémios do ramo: o de ter o melhor pastel de nata da região de Lisboa. A distinção foi atribuída na segunda-feira e, sem falsa modéstias, o proprietário deste estabelecimento da Amadora, admite que já contava com ela.

“Quando vamos a jogo é sempre com a ideia de ganhar”, diz. Neste caso, João Castanheira tinha muita “confiança” no seu produto, que considera “imaculado, excelente”. Feito com produtos nacionais, de forma artesanal, o pastel de nata da Confeitaria Glória é a estrela da casa, um espaço com capacidade para 30 lugares sentados e uma pequena esplanada, numa zona movimentada da Amadora. Aqui não se vendem apenas pastéis de nata, mas este doce representa à volta de 70% da faturação da loja. “Cerca de 200 ou 300 por dia. Mas agora são muitos mais”, diz João Castanheira.

E em breve também deverá haver mais Glórias espalhadas pela região de Lisboa, já que o plano sempre foi fazer desta o ponto de partida de uma nova insígnia que o proprietário quer lançar. Aliás, até ao fim do ano deverá inaugurar a segunda confeitaria da marca.

E quem é a Glória?, perguntamos. E ficamos a saber que não é ninguém em particular, mas sim o nome de um dos elevadores lisboetas em que o proprietário pensou quando teve de encontrar um nome para esta futura cadeia de pastelarias.

Experiência no ramo não falta a João Castanheira, já que é, desde 2009, proprietário da Aloma, cadeia de pastelarias que já foi diversas vezes premiada no concurso de melhor pastel de nata da cidade – este ano também concorreu mas não ficou no pódio.

Há “pequenas diferenças” entre o pastel de nata da Aloma e o da Glória, mas em ambos está aquilo que se procura neste produto: folhado estaladiço, creme aveludado e cozedura no ponto. “E o som… ele fala connosco quando o trincamos”, acrescenta João Castanheira, que desde a aquisição da Aloma largou a carreira no mundo farmacêutico e se tornou empresário do ramo da pastelaria.

Talvez por influência do bisavô e do avô, que eram da indústria da panificação e que o levavam a conhecer a fábrica de onde saía o pão fresco.

Do que viu ficou-lhe o gosto e os cheiros, mas não se sente capaz de meter as mãos na massa. Isso fica para quem sabe, para a equipa, que ficou “super moralizada” com o prémio da 14.ª edição do concurso do Melhor Pastel de Nata, inserido no Congresso dos Cozinheiros, que decorreu em Oeiras.

Os clientes a quererem experimentar têm sido muitos, felicitações também, mas a mensagem que o proprietário mais recorda é a da filha de 12 anos. “Tenho muito orgulho em ti”, escreveu-lhe ela. “Esse é o melhor prémio que existe”, constata.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens