Está a ser criado um consórcio nacional para concorrer à corrida da privatização da TAP. De acordo com o “Jornal de Negócios”, o ex-administrador da companhia aérea e ex-consultor do Governo para negócios com privados, Diogo Lacerda Machado, é um dos rostos deste consórcio que quer arrecadar a TAP.
Questionado pela publicação, Lacerda Machado admite ser abordado por “candidatos interessados” na TAP. O gestor próximo de António Costa já tinha assegurado que se poderia envolver no processo para devolver a TAP às mãos de privados.
“Não excluo envolver-me se achar que posso ser útil à própria TAP”, disse em maio passado durante a Comissão de Inquérito (CPI), sendo que, até então, negou qualquer abordagem para o fazer.
A publicação diz ainda que o dono da Avianca, Gérman Efromovich, também se deverá juntar a este consórcio. Caso se confirme a presença de Efromovich, marca-se a terceira tentativa do empresário em entrar no capital da companhia aérea portuguesa.
O “Negócios” refere que o empresário colombiano-brasileiro nunca perdeu o interesse pela TAP, mesmo depois de ter ficado para trás no processo de privatização em 2015, que deu a companhia aérea a David Neeleman e Humberto Pedrosa.
O jornal adianta ainda que o empresário português Mário Ferreira, maior acionista da Media Capital e dono da Douro Azul, já foi abordado para se juntar ao consórcio. Esta semana, o mesmo admitiu, em entrevista ao “Público”, que “gostava que o Estado mantivesse uma posição na TAP, que teria investidores privados portugueses ou internacionais”.
Mas a publicação lembra que Diogo Lacerda Machado é, atualmente, administrador da Mystic Invest, a holding de investimentos no turismo de Mário Ferreira. Assim, o empresário poderá estar prestes a diversificar o seu portfólio de investimentos.
Relembrar que o Governo está à espera de duas avaliações independentes à TAP, elaboradas pela EY e Banco Finantia. O Governo de Costa quer fechar os termos de venda o mais rapidamente possível, para analisar as opções que tem em cima da mesa e fechar a venda até junho de 2024, estando ainda por decidir a percentagem com que o Estado vai ficar na empresa.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal