Os preços das casas no segmento de luxo em Lisboa vão registar uma desaceleração em 2023, mas no próximo ano deverão registar um ligeiro aumento de 2%.
Esta é uma das conclusões do estudo elaborada pela imobiliária Knight Frank em parceria com a portuguesa Quintela + Penalva, que analisou o crescimento dos preços do mercado residencial de luxo entre dezembro de 2022 e julho de 2023, em 26 cidades mundiais.
A capital portuguesa encontra-se entre as cidades que vão verificar um menor crescimento dos preços este ano, a par de cidades como Berlim, Edimburgo, Dublin, Los Angeles e Zurique, com quebras entre os 2% e 4%. Em sentido inverso, Genebra e Vancouver foram as que mais melhoraram em termos de pontos percentuais (3%).
O Dubai continua a liderar os rankings para este ano, sendo que as previsões apontam para que o crescimento anual arrefeça para 14%, uma diferença significativa face ao crescimento de 44% registado em 2022. Este estudo indica ainda que das 26 cidades analisadas, 20 devem apresentar um crescimento de preços estável ou positivo em 2023.
No top-5 encontram-se Tóquio, Paris, Madrid e Miami, que juntamente com o Dubai apresentam uma previsão de crescimento de 4%.
O cenário muda ligeiramente para 2024, onde Lisboa deverá observar uma ligeira subida de 2% no segmento residencial de luxo, ficando à frente de cidades como Londres, Berlim e Edimburgo, onde as previsões apontam para descidas entre 1% e 3%.
A nível global, os preços do mercado de luxo residencial deverão melhorar em 2024, com um crescimento médio de 2%.
Auckland e Mumbai lideram a previsão para 2024, já que ambas as cidades apresentam um crescimento de 5% no período de 12 meses, enquanto em Singapura (4%) a procura vai continuar a superar a oferta.
Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, refere que “depois do crescimento do mercado imobiliário de luxo em Portugal, que veio preencher uma lacuna grande ao nível da oferta, é expectável que esse mesmo crescimento seja consolidado, à semelhança do que acontece nos principais mercados europeus”.
Por sua vez, Kate Everett-Allen, autora do estudo, indica que “os mercados residenciais de luxo são mais resilientes no que toca às mudanças no ambiente da política monetária, dada a maior proporção de liquidez e de compra sem recurso a crédito (46%, de acordo com o inquérito da rede global de investigação da Knight Frank), embora estes investidores não estejam imunes às consequências das políticas monetárias recentes”.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal