Teve início esta quinta-feira e decorre até o dia 11 de junho a 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que tem lugar no Parque Eduardo VII. Este ano o evento volta com 340 pavilhões, com 981 chancelas representadas por 139 participantes e mais de duas mil de atividades para todos os gostos.
Na edição do ano passado foi inaugurado um novo modelo de feira, mais sustentável e com equipamentos feitos de raiz. Este ano o modelo mantém-se com algumas melhorias a nível de sombras e passadiços.
A programação conta com conversas, sessões de autógrafos e palestras de autores nacionais e internacionais. As atividades são programadas pelas próprias editoras “Já no ano passado tinha feito a programação da mesma forma.
Há uma adesão muito grande por parte dos participantes em criar esses eventos e há uma grande envolvência dos escritores e das escritoras”, afirmou Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), em conversa com o DN por chamada telefónica.
Uma das editoras presentes é o Grupo Almedina que destaca da sua programação a apresentação do livro de Luís Miguel Cintra, intitulado de Pequeno Livro Arquivo – Pensamentos, Palavras, Atos e Omissões, no dia 10 de junho, e a apresentação da obra Viajar na Maionese de João Pedro Jorge, dia 4 de junho.
A editora vai ter ainda duas sessões dedicadas a crianças – uma com Susana Ramos e outra com Isabel Ricardo. No último dia da feira, haverá ainda uma conversa direcionada para bibliófilos.
“Nós fizemos uma aposta muito grande com títulos fortes, autores que estão em destaque no goodreads, no booktok e bookstagram”, disse Bruno Mano, técnico de comunicação e marketing do Clube Almedina.
Já a Porto Editora e a BertrandCírculo, que também estarão juntas este ano, vão ter um programa com 120 atividades e cerca de 80 autores portugueses, incluindo José Luís Peixoto, Miguel Sousa Tavares ou Valter Hugo Mãe.
Em termos de autores internacionais, estarão presentes a sueca Camilla Läckberg para apresentação do livro O Cuco, o alemão Manfred Grebe e o angolano José Eduardo Agualusa.
A pensar nos mais novos, haverá ainda um teatro com a companhia Lua Cheia e uma ação com Catarina Furtado sobre os direitos das crianças. Estão ainda programadas duas conversas com criadores de conteúdo literários do Tiktok e Instagram.
A Porto Editora e a Bertrand vão ocupar 30 pavilhões ao longo do jardim com mil metros quadrados. Quem por ali passear poderá ainda apreciar um mural da artista plástica Ana Aragão e dois pontos de leitura.
“Nestes pontos de leitura haverá um código QR para acesso para um Quiz em torno deste mural com perguntas sobre José Saramago, Sofia Melo Breyner e Aquilino Ribeiro”, explicou Joana Branco, Responsável da comunicação da Porto Editora.
Evento fecha mais cedo este sábado
Já neste sábado, 27 de maio, a feira irá fechar mais cedo – às 17.00 – por questões de segurança, relacionadas com a última jornada da I Liga de futebol e os eventuais festejos no Marquês de Pombal. Para este dia estavam programados 262 eventos mas 155 foram cancelados e reprogramados.
“Os sábados são os melhores dias da feira e o primeiro sábado é um dos melhores. Mais eventos significam mais faturação e mais venda de livros”, explicou Pedro Sobral. Bruno Mano confirma: “Obviamente que vamos ser prejudicados.”
Possibilidade de dois dias extra
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, predispôs-se junto da APEL a realizar dois dias extra de Feira do Livro no caso de o Sport Lisboa e Benfica se tornar campeão nacional de futebol no próximo sábado, 27 de maio – nessa eventualidade, por causa da festa encarnada, a Feira irá encerrar mais cedo.
A ideia da compensação foi apoiada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Ambos marcaram presença na inauguração esta quinta-feira, ao final da tarde, da 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que contou ainda com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva e de Pedro Sobral, diretor da APEL.
No Parque Eduardo VII, Marcelo fez votos que esta edição ultrapasse os 800 mil visitantes da edição anterior. E prometeu que irá fazer mais pelo livro nos anos que lhe restam como PR. Já Pedro Adão e Silva reiterou que a experiência-piloto do cheque-livro para os jovens leitores de 18 anos poderá avançar “ainda este ano”.
Fonte: Diário de Notícias / Portgal
Crédito da imagem: Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens