Contamos, em menos de um ano a contar deste momento, lançar avisos para as entidades do sistema científico e tecnológico, num valor de cerca de 15 milhões de euros. Daremos prioridade aos avisos liderados pela academia, que contarão com alterações muito significativas”, afirmou Artur Lima.
O número dois do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava no auditório do Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, na Lagoa, na abertura da cimeira “S3 SUMMIT: Smart Specialization Strategy – São Miguel Azores 2023”.
Artur Lima destacou que os “projetos passarão a ser executados em regime de custos simplificados”, o que vai permitir “reduzir substancialmente a carga burocrática na gestão”.
“Iremos focar-nos, não na execução financeira, mas na entrega de resultados e nos seus impactos. Iremos implementar um novo programa de monitorização dos projetos, com reuniões anuais de acompanhamento da sua execução”, reforçou.
O vice-presidente do Governo dos Açores, que tutela a Ciência, detalhou que vai ser limitado o número de projetos em que cada investigador pode participar, “de modo a garantir um maior foco”.
O centrista avançou que um dos parâmetros de avaliação e de financiamento dos projetos vai ser a “capacidade de cada um se relacionar e interagir com os agentes sociais e económicos” da região.
Segundo disse, a intenção é promover “sinergias, a transferência de conhecimento e o emprego científico” para assegurar o “retorno do investimento”.
“Incluiremos a obrigação de em todos os projetos estarem integradas empresas desde a primeira hora e que haja a contratação de recursos humanos altamente qualificados”, adiantou.
A propósito do programa Açores 2030, Artur Lima destacou que, “durante as difíceis negociações com a Comissão Europeia, foi deixado claro de que os fundos europeus” vão ser destinados ao “financiamento de uma verdadeira política de desenvolvimento regional”.
O vice-presidente do executivo regional revelou também que a construção do novo edifício do Nonagon já está concluída, prometendo que a estrutura estará “totalmente funcional e com as empresas instaladas” até ao final do ano, tratando-se de um investimento de nove milhões de euros.
“Este novo edifício incluirá valências únicas na região, ao nível do desenvolvimento experimental – como é o caso do FabLab e da computação de alto desempenho – que aportarão a investigadores e a empresas a possibilidade de desenvolverem novos protótipos”, afirmou.
As RIS3 (‘Research and Innovation Smart Specialisation Strategies’) são as estratégias locais de investigação e inovação para uma especialização inteligente.
A nova RIS3 dos Açores 2022-2027 está assente em cinco áreas principais: a agricultura e agroindústria; o mar e o crescimento azul; o turismo e património; espaço e ciências dos dados; e a saúde.
Fonte: Jornal Açoriano Oriental – Lusa / AO Online / Portugal
Crédito da imagem: Governo dos Açores / Portugal