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Ameaça de ataques em escolas foi “brincadeira de mau gosto”, diz diretor da PSP

A ameaça de ataques a escolas não passou de um “brincadeira de mau gosto”, disse esta quinta-feira o diretor nacional da PSP. “É novamente mais um exemplo de um mau uso das redes sociais”, afirmou Magina da Silva.

Esta força policial fez saber, no entanto, que identificou um jovem na sequência das ameaças que surgiram nas redes sociais relativas a uma eventual invasão de uma escola no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa.

“Não passou de uma brincadeira de mau gosto tal como (os casos dos) alunos que para não irem aos exames comunicavam alertas de bomba. É uma coisa parecida”, disse Manuel Magina da Silva aos jornalistas, no Porto, à margem de uma operação de combate ao tráfico de droga num dos bairros desta cidade.

O diretor nacional da PSP confirmou que, na semana passada, foram detetadas algumas publicações em redes sociais que, entretanto, foram sinalizadas, despistadas e comunicadas à Polícia Judiciária (PJ).

Relativamente às ameaças que surgiram nas redes sociais sobre uma eventual invasão de uma escola no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa, em que a PSP já identificou um jovem, Magina da Silva revelou que o caso está “rastreado e controlado, podendo as pessoas estar sossegadas”.

A PSP referiu anteriormente que estava a monitorizar as ameaças que surgiram nas redes sociais relativas a potenciais ataques a escolas por ocasião do massacre de Columbine, nos Estados Unidos que completa esta quinta-feira 24 anos.

Numa nota enviada à Lusa, a PSP diz estar a acompanhar a situação junto dos estabelecimentos de ensino e população escolar e apela a qualquer pessoa que tenha acesso a informação adicional, por exemplo, relativa a indivíduos envolvidas na difusão destes conteúdos, que contactem as autoridades.

A PSP adianta que recebeu a informação sobre estas ameaças também pelas redes sociais, vindas de diversos cidadãos que quiseram confirmar que as autoridades se encontravam a par do assunto.

Apela ainda a qualquer pessoa que, nos estabelecimentos de ensino, detete “algum problema ou uma simples movimentação suspeita” contacte de imediato a PSP, preferencialmente a equipa de polícias da Escola Segura da área e acrescenta que, em situações de emergência, o apoio necessário (policial, médico ou outro) pode ser solicitado pelo 112.

As ameaças de possíveis ataques a escolas surgem relacionadas com os 24 anos do massacre de Columbine, nos Estados Unidos. Este ataque aconteceu no dia 20 de abril de 1999, na cidade de Littleton, no estado de Colorado, quando dois estudantes invadiram a Columbine High School e mataram 12 alunos e um professor, suicidando-se de seguida.

Após ameaça, identificado jovem que está a ser acompanhado pela PJ

Num outro comunicado, a PSP faz saber que na semana passada “foi confrontada com a publicação de mensagens nas redes sociais, onde se divulgava uma ação de invasão de uma escola do concelho de Odivelas, com recurso a armas de brancas e de fogo”.

A força policial refere que, de “imediato”, foram “desencadeadas diligências para averiguar a veracidade das referidas mensagens”, sendo que os factos foram participados ao Ministério Público, “sem prejuízo do contacto estabelecido com as direções dessas escolas, no sentido informar que a PSP está empenhada em garantir a segurança escolar, como diariamente o faz, através do seu policiamento de proximidade efetuado pelas equipas da Escola Segura”.

Embora haja um “indivíduo identificado e a ser acompanhado pelas autoridades competentes, a PSP encontra-se a monitorizar a situação em apreço e está a acompanhar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino e a população escolar”, salienta a polícia na nota divulgada.

Fonte da PSP disse à Lusa que foi identificado um jovem que está a ser acompanhado pela polícia Judiciária.”

A PSP apela para que se mantenha o clima de serenidade e que se garanta a normalidade das atividades escolares”, pode ler-se no documento.

A PSP recorda, também em comunicado, que entre as emergências que devem ser reportadas via 112, estão as situações que envolvam pessoas em risco de vida/necessidade imediata de assistência médica, crimes a decorrer ou que acabaram de acontecer no momento da chamada, incidentes graves (inundações, aluimentos, incêndios florestais, acidentes rodoviários graves ou que impliquem risco para a circulação) e ainda a descoberta de crianças e seniores perdidos, nomeadamente aderentes aos programas da PSP Estou Aqui Crianças e Estou Aqui Adultos, para comunicar a sua localização e número da pulseira.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito das imagens:  Ivan del Vale / Global Imagens