As reservas para o Algarve já ultrapassam igual período de 2019, revelou João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), na última sexta-feira, indicando por isso que a região tem expectativas “francamente favoráveis” para 2023.
“Aquilo que falo com vários segmentos de atividade, desde o rent-a-car, ao golfe, à animação turística, ao alojamento turístico, todos me estão a relatar que têm, em carteira, reservas superiores ao que tinham neste mesmo período em 2019”, indicou João Fernandes, em declarações aos jornalistas, após uma apresentação na BTL.
De acordo com o presidente da RTA, os resultados dos primeiros meses de 2023 foram positivos, como mostram os números de passageiros desembarcados no Algarve, que “são recorde em janeiro e fevereiro”, assim como “os dados do INE e da AHETA, que também apontam nesse sentido”.
“Janeiro é o pico da época baixa, é o mês mais baixo e estamos a ter grandes resultados”, congratulou-se João Fernandes, realçando que este nível de procura para aquele que é considerado o mês mais fraco do ano, “é fabuloso”.
Mas o presidente da RTA destaca também a forma como chegam essas reservas, que resultam de um “equilíbrio entre reservas diretas e intermediação”, o que, considerou o responsável, “é muito importante”.
E também voltou a existir equilíbrio na fiabilidade das reservas, notou ainda João Fernandes, sublinhando que “durante a pandemia [as reservas] foram todas muito flexibilizadas, mas isso confere uma imprevisibilidade a esse indicador de reserva”, o que acaba por gerar maior incerteza no negócio.
“Hoje, a percentagem de reservas não reembolsáveis está ao nível de 2019, o que é muitíssimo bom. Se as reservas são mais e temos a mesma fiabilidade de antes em relação a se se concretizam, se há um equilíbrio de canais que conseguimos explorar, sem perder o canal direto e a vantagem da colaboração com intermediários, estamos num mix muito interessante”, concluiu o responsável.
João Fernandes prefere, no entanto, declarar-se “otimista cauteloso”, uma vez que, explicou, é preciso estar “muito atentos aquilo que são as realidades internacionais” que podem alterar todas as expetativas positivas.
“A tensão social na Europa está cada vez maior, vemos greves repentinas no handling, numa estrutura aeroportuária, numa companhia aérea. E se isso acontece num mercado estratégico, num aeroporto ou período estratégico, isso faz, obviamente, mossa. No fundo, pode perigar alguns picos de procura”, considerou.
Fonte e crédito da imagem: Publituris / Portugal