Enquanto os areais das praias portuguesas estão desertos e o calor não aperta, é para os 87 campos de golfe do país que rumam os turistas durante os meses de frio. Em contraciclo com os picos de procura do turismo, o golfe prepara-se para a sua primeira época alta que arranca já em março e se estende até maio.
O otimismo depois de um ano que marcou a recuperação da atividade faz-se à boleia dos bons resultados alcançados em 2022, após o interregno ditado pela pandemia.
Em 2022, o golfe em Portugal registou o melhor ano de sempre, com receitas de 154 milhões de euros, uma subida de 6% face a 2019, num total de três milhões de voltas. Mas o impacto da modalidade na economia do país deverá superar largamente estes números.
“Este valor de 154 milhões de euros é relativo à receita direta do green fees (o valor que os jogadores pagam para jogar), não incluindo todo os restantes serviços adquiridos no campo de golfe. Além das receitas de green fees, somam-se o aluguer de buggies, a restauração e as aulas, entre outras atividades associadas à sua prática. Existe uma quantidade de serviços que são prestados dentro e fora dos campos de golfe que se refletem no emprego e na economia.
Este impacto faz-se sentir não só no alojamento e restauração, mas no serviço de transfers, aluguer de viaturas, lojas e atividades culturais, entre outros.
Ou seja, o impacto direto e indireto na economia nacional é enorme e muito importante”, detalha ao Dinheiro Vivo Frederico Brion Sanches, membro da direção do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG).
Os turistas estrangeiros são os principais responsáveis pelo recorde de receitas no país, representando 80% das voltas realizadas no ano passado. É no Algarve que o mercado internacional assume maior peso (92%) com os britânicos e os irlandeses em maioria (65% dos jogadores), seguindo-se os escandinavos com 13% e a França com um peso 6%.
Já em Lisboa, onde os estrangeiros são responsáveis por 61% das voltas jogadas, além destes mercados, destaca-se ainda a presença da Alemanha com uma quota de 9%.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: GMG