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Filme “Mal Viver”, de João Canijo, conquista prémio do júri no Festival de Berlim

O filme “Mal Viver”, de João Canijo, venceu este sábado o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim, anunciou o júri na cerimónia de palmarés.

No discurso de agradecimento, Canijo agradeceu à equipa de produção e distribuição, assim como à equipa que consigo criou o filme, “composta quase completamente por mulheres”, nomeando em especial a diretora de fotografia, Leonor Teles.

“Para terminar, [agradeço] às mulheres que me deram a sua vida para este filme, as atrizes, são maravilhosas e deram-me a sua vida”, afirmou o realizador português.

João Canijo esteve na competição deste festival com duas longas-metragens interligadas, que tiveram estreia em secções distintas: “Mal Viver” esteve na competição oficial e “Viver Mal” na secção Encontros, dedicada a “novas visões cinematográficas”.

“Mal Viver” “é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana”, lê-se na sinopse.

“Viver Mal” segue em paralelo àquela história, focando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.

O elenco conta sobretudo com mulheres, com Rita Blanco, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam Nuno Lopes e Rafael Morais.

A produtora Midas Filmes descreve os filmes como “um dos mais ambiciosos empreendimentos artísticos dos anos mais recentes” no percurso de João Canijo. Ambos se estreiam nos cinemas portugueses a 11 de maio.

João Canijo já tinha estado presente noutros festivais de cinema de relevo, como Cannes, com “Noite Escura” (2004), Veneza, com “Mal Nascida” (2007) e San Sebastian, onde venceu dois prémios com “Sangue do meu Sangue” (2011).

O prémio máximo, o Urso de Ouro, foi atribuído a Sur L”Adamant, realizado por um mestre do documentário, Nicolas Philibert, autor de Ser e Ter, um dos documentários mais amados no começo da década passada.

Desta vez, o seu foco é um centro psiquiátrico nas margens do Sena, em Paris. Um filme para tirar o estigma sobre a loucura. A sombra de Wiseman perdura nestas imagens que nos fazem refletir sobre o problema de saúde mental nos nossos dias. Curiosamente, Sur L”Adamant não estava na maioria das listas dos favoritos.

O júri da competição internacional da Berlinale deste ano foi presidido pela atriz norte-americana Kristen Stewart e composto pela atriz iraniana Golshifteh Farahani, pela realizadora alemã Valeska Grisebach, pelo romeno Radu Jude, pela diretora de ‘casting’ norte-americana Francine Maisler, pela realizadora espanhola Carla Simón e pelo realizador de Hong Kong Johnnie To.

Fonte: Jornal de Notícias – Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem:  Clemens Bilan / EPA