A equipa portuguesa de busca e salvamento, ao terceiro dia de trabalho em Antáquia, na Turquia, resgatou dos escombros uma criança de dez anos com vida, anunciou a autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Uma história com final feliz e que se junta a outros casos, incluindo o de um bebé de dois meses salvo ao fim de 128 horas, no dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reviu em alta o número de pessoas afetadas pelos sismos de segunda-feira, 26 milhões, e o número de mortos ultrapassou a fasquia dos 25 mil.
À reportagem da Lusa, Filipe Rocha, o chefe do turno da manhã da equipa composta 52 operacionais da Proteção Civil, GNR e emergência médica, incluindo seis cães, admitira que o trabalho é “frustrante”, mas mantinha a esperança.
Tal como o comandante da operação José Guilherme, apesar de dizer que tendo em conta o tempo passado, encontrar uma pessoa com vida no meio dos escombros seria “um milagre”.
A equipa portuguesa juntou-se a mais de 8 mil estrangeiros que viajaram até ao sudeste da Turquia e a 32 mil turcos que têm lutado contra o tempo e o frio, mas à dor e desespero dos sobreviventes juntaram-se as primeiras notícias de violência.
As missões da Áustria e da Alemanha suspenderam as buscas por falta de segurança. As autoridades informaram ter detido 48 pessoas por pilhagem. Também foram presos 12 construtores civis por suspeitas de negligência.
Com a janela de tempo a fechar-se, a prioridade começa a virar-se para os sobreviventes, em elevado número sem teto nem acesso a água potável e a ter de enfrentarem temperaturas negativas.
Segundo a ONU, pelo menos 870 mil pessoas precisam com urgência de uma refeição quente e só na Síria 5,3 milhões de pessoas ficaram sem casa. No país em guerra civil, o diretor da OMS chegou a Alepo com toneladas de ajuda e a promessa que poderá chegar aos territórios rebeldes.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: ANEPC / Portugal