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Igualdade num dérbi intenso que não agradou a ninguém

Benfica e Sporting empataram este domingo a dois golos, num dérbi nem sempre bem jogado, mas bastante intenso e com muitas oportunidades de golo para ambas as equipas. O clube da Luz manteve a liderança, mas viu o Sp. Braga ficar a apenas quatro pontos.

Quanto ao Sporting, parece pacífico afirmar-se que está afastado da luta pelo título, em face dos 12 pontos de atraso em relação ao líder, e também com o acesso direto à Liga dos Campeões complicado, pois os arsenalistas já estão a oito pontos.

O Sporting começou com mais posse de bola e aos cinco minutos Otamendi viu o primeiro cartão amarelo, após falta sobre Pedro Gonçalves em zona perigosa. Na sequência desse pontapé livre, Porro obrigou Vlachodimos a grande defesa. Via-se a melhor versão da equipa leonina, com os seus jogadores a trocarem a bola com acerto e realizando aproximações perigosas junto da baliza do Benfica.

Sublinhe-se que quase todos os melhores jogos da formação verde e branca esta temporada foram diante das melhores equipas, como aconteceu com Eintracht Frankfurt, na Alemanha, Tottenham (em casa e fora) ou Sp. Braga, em Alvalade, para a Taça da Liga. Com Marcus Edwards e Trincão em bom plano, Paulinho fazia o que melhor sabe fazer – servir de pivô, ligando muito bem o jogo – e Ugarte mandava no meio-campo.

Depois da entrada de leão no primeiro quarto de hora, assistiu-se a uma fase mais morna, com ritmo baixo e pouco risco. Mas já se sabe que esta equipa do Benfica é muito perigosa nas transições e de repente, os donos da casa tiveram duas oportunidades de golo. Primeiro, aos 20″, por João Mário, e logo a seguir com Adán a efetuar grande defesa a remate de Rafa.

Aos 27″, o Sporting adiantou-se no marcador, num lance conduzido por Porro, que lançou Edwards nas costas de Aursnes, com o inglês a assistir Trincão, que desviou à boca da baliza, com a bola a bater ainda em Bah, que fez autogolo.

A partida estava agora bem animada e equilibrada quando aos 37″ o Benfica chegou ao empate: Rafa entrou como uma flecha pelo flanco direito e assistiu de forma perfeita Gonçalo Ramos. Foi o oitavo passe para golo de Rafa esta época, sendo que cinco foram para Gonçalo Ramos.

Os três/quatro minutos que se seguiram foram os melhores dos encarnados, com os seus jogadores a colocarem em campo grande intensidade e velocidade a que Rúben Amorim aludiu na conferência de imprensa de antevisão do dérbi.

Viu-se então uma equipa do Sporting atarantada, em dificuldades, mas curiosamente a baliza de Adán não foi colocada em perigo e foi no outro lado do campo que o golo esteve à vista – aos 39″, António Silva teve um erro incrível, isolando Trincão, mas o jovem central redimiu-se e realizou um fantástico corte quando o internacional português ia rematar. Foi o último lance perigoso da primeira parte.

Penálti e resposta da águia

A segunda parte começou praticamente com um lance entre António Silva e Paulinho na área do Benfica, com Soares Dias a não assinalar falta, mas depois de analisar o lance durante três minutos, por indicação do VAR, apontou para a marca de penálti. Pedro Gonçalves não deu hipóteses e recolocou os leões em vantagem, com o médio a revelar 100% de acerto nos quatro penáltis de que dispôs em 2022 / 23 e a chegar aos dez golos oficiais, oito dos quais no campeonato.

Em desvantagem, o Benfica lançou-se no ataque, quase sempre com Rafa, no flanco direito, a ser o grande impulsionador das vagas ofensivas. Mas foi pelo lado esquerdo que as águias chegaram ao empate, aos 64″, com Grimaldo a assistir Gonçalo Ramos (sexto passe para golo do espanhol), para o bis do jovem atacante (chegou aos 17 golos oficiais esta temporada, 11 deles na I Liga).

Logo a seguir, Roger Schmidt fez entrar David Neres para o lugar de Aursnes, com Rúben Amorim a responder, lançando St. Juste no lugar de Matheus Reis. O Benfica dominava por completo, asfixiando o adversário, e ao contrário do primeiro tempo, o Sporting não conseguia responder no contra-ataque. Edwards e Trincão, que tão bem estiveram no primeiro tempo, estavam desaparecidos.

Aos 78″, Amorim lançou Arthur Gomes no lugar de Edwards e surpreendeu com a entrada do ponta de lança de 18 anos Youssef Chermiti (estreia na equipa sénior, na sua primeira convocatória) em vez de Paulinho. Até ao final, foi sempre o Benfica a procurar o golo da vitória, perante um Sporting encolhido. Mas foi Chermiti a desperdiçar a hipótese de ter uma estreia de sonho, ao atirar para as nuvens em boa posição.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito das imagens: Gerardo Santos / Global Imagens