O selecionador nacional, Paulo Pereira, deu o mote e os jogadores estão empenhados em cumprir a meta de levar Portugal à melhor classificação de sempre em Mundiais de andebol, na Suécia e na Polónia.
À partida para a Suécia, onde Portugal disputará o Grupo D da fase final do Mundial de andebol, juntamente com Islândia, Coreia do Sul e Hungria, Paulo Pereira apontou como objetivo melhorar o 10.º lugar alcançado há dois anos, naquela que foi a melhor classificação lusa num Campeonato do Mundo.
O desejo é partilhado pelos jogadores, que se mostram confiantes em conseguir um resultado importante no torneio, que arranca esta quarta-feira.
“Esse é um dos objetivos [superar a classificação de 2021]. Obviamente que gostaríamos de ir mais longe, mas temos de ir passo a passo e trabalhar muito, para poder ascender a patamares ainda maiores”, assumiu Alexis Borges, à Agência Lusa.
Luís Frade, eleito o jogador jovem mundial do ano em 2020, acrescenta que a seleção deu “um grande salto desde o Euro 2020 [6.º lugar]”. “Foi um resultado ótimo para nós e que, se calhar, ajudou a mudar a nossa mentalidade, tanto a nível interno como externo”, explicou.
“Temos uma seleção muito boa, jovem, que está em processo de renovação e que combina a experiência dos mais velhos com a irreverência dos mais jovens. Isso é muito bom”, acrescentou Luís Frade, bicampeão europeu em título pelo Barcelona, com Martim Costa a acrescentar: “Temos uma competitividade muito saudável no grupo. Toda a gente se dá muito bem e o que importa é a seleção. Quem estiver melhor é que tem que jogar”.
António Areia, jogador do F. C. Porto, sublinha que “não falta qualidade a este grupo”, composto por “jogadores experientes, ainda com muita qualidade, e jovens que estão num grande momento de forma, que vêm acrescentar muito também”.
O lateral esquerdo Alexandre Cavalcanti, de 26 anos, comunga da opinião de António Areia de que Portugal possui “uma equipa de excelente qualidade, em todos os postos”, e “vai estar bem, de certeza, no Mundial”.
Antevendo o que aí vem, Martim Costa adverte que Portugal terá de “ganhar os três jogos” do Grupo D caso pretenda “ir longe na competição”, referindo-se ao facto de os três primeiros classificados do grupo avançarem para a “main round” com os pontos amealhados nos jogos disputados entre si.
Portugal vai disputar o Grupo D na cidade sueca de Kristianstad, juntamente com Islândia (quinta-feira), Coreia do Sul (sábado) e Hungria (16 de janeiro).
“Estamos num grupo com duas seleções muito fortes [Islândia e Hungria], com grande nome, e a Coreia do Sul, que de há uns anos para cá tem trabalhado bastante. Temos de pensar jogo a jogo, mas sempre com mentalidade de fazer melhor”, referiu Manuel Gaspar, guarda-redes que, recentemente, trocou o Sporting pelo Nantes.
Já o estreante em Mundiais Francisco Costa, eleito melhor jovem lateral direito do Mundo, está ansioso que o torneio arranque: “Um miúdo de 17 anos que está a jogar um Mundial claro que sente um bocado de pressão, mas também um orgulho enorme por representar o seu país ao mais alto nível”.
António Areia recordou ainda o facto de o Mundial 2023 decorrer “num ambiente diferente” do último, limitado e espartilhado pelas regras impostas pela covid-19, e admite que atualmente “os jogadores já não têm tanto medo da pandemia que os assombrou”.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Miguel Pereira / Global Imagens