A 25.ª edição do Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC), que se realiza em Roma de 28 a 30 de setembro, arrancou com um debate que reuniu responsáveis governamentais e CEO globais que discutiram a forma de enfrentar alguns dos maiores desafios do setor das viagens e turismo.
Na primeira sessão, que contou com a participação de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, foi destacada a posição da Europa como a região mais visitada do mundo, com debates centrados em como a combinação de património cultural, infraestruturas e sustentabilidade pode inspirar boas práticas globais.
De acordo com o mais recente Relatório de Impacto Económico do WTTC, o setor de viagens e turismo da Europa deverá atingir novos recordes em 2025 e contribuir com 2,6 biliões de euros para o PIB do continente, em 2025, representando um em cada 10 euros.
O setor deverá ainda apoiar 41,3 milhões de empregos, ou seja, um em cada 10 trabalhadores na Europa, estabelecendo mais um recorde.
Nesta sessão, os participantes abordaram as estratégias para diferenciar a Europa perante a crescente concorrência de outras regiões, bem como o equilíbrio entre a inovação dos destinos e a preservação da autenticidade e da sustentabilidade, além das lições retiradas dos complexos quadros de governação europeus.
O pioneirismo na sustentabilidade, estratégias inovadoras de gestão de destinos e o desenvolvimento de novos produtos foram destacados como fundamentais para o sucesso contínuo da Europa num mercado cada vez mais competitivo.
Também o rumo às viagens sem fronteiras foi abordado, centrando-se o debate na mobilidade global de pessoas, analisando como remover barreiras e proporcionar viagens mais fluídas através das fronteiras.
Assim, se o impacto das políticas de vistos, da gestão fronteiriça e da biometria nos fluxos de viagens foram tidos como fatores a ter em conta, também as abordagens personalizadas para melhorar a experiência de viagem de diferentes grupos, desde jovens viajantes até pessoas com necessidades de acessibilidade, são essenciais para o sucesso da Europa enquanto destino turístico.
Os oradores do setor público e privado apelaram a uma maior colaboração entre governos e indústria em soluções digitais, como vistos eletrónicos, identificação biométrica e sistemas integrados de pagamento e conectividade, de modo a transformar a experiência de viagem desde o planeamento até à chegada.
Além disso, também a necessidade de apoio mútuo e de responsabilidade partilhada entre governos e empresas, para garantir que o setor das viagens e turismo continue a ser o motor de crescimento económico, de intercâmbio cultural e de conectividade global foram definidos como fatores essenciais.
No final, Gloria Guevara, CEO interina do WTTC, sublinhou o “valor extraordinário” de reunir governos e indústria na mesma mesa. “Das lições da Europa em sustentabilidade e competitividade, às soluções globais para viagens sem barreiras, é claro que, através desta parceria [público-privada] conseguimos desbloquear todo o potencial do setor”.
Fonte e crédito da imagem: www.publituris.pt