A Proteção Civil prevê 12 horas de muito trabalho no incêndio que começou em Arganil, e que já migrou para outros três concelhos vizinhos. As chamas obrigaram a evacuar várias aldeias no concelho de Oliveira do Hospital.
Num ponto de situação depois das 13h, o comandante Elísio Oliveira adiantou que ainda não há previsão para ter o fogo dominado, uma vez que o vento e as características do terreno estão a dificultar o trabalho dos bombeiros.
“Não é previsível, neste momento, que nas próximas 12 horas o incêndio fique dominado, face às condições que temos”, explicou o responsável sublinhando que as informações existentes “em termos de previsões e dados no apoio à decisão, dando-nos indicações de vento com determinado rumo”, acabam por diferir da realidade: “devido à altitude e à orografia do terreno no alto da montanha, ele [o vento] tem um sentido completamente diferente e, portanto temos pontos em que o incêndio está a subir a montanha e de repente, começa a descer por outro lado”.
Já sobre os meios aéreos, o comandante da Proteção Civil esclarece que nem sempre é possível ter aeronaves a operar, ainda que haja “meios aéreos disponíveis”, já que “por vezes” no terreno “não temos condições para eles poderem operar, quer seja pela temperatura criada nas diferentes bacias onde se encontra o incêndio, quer pelo próprio fumo”.
“Nós precisamos dos meios aéreos. Eles têm que ser rentáveis e temos, portanto, que os utilizar, onde na realidade eles são necessários”, esclarece Elísio Oliveira.
Este incêndio já obrigou à evacuação de várias aldeias no concelho de Oliveira do Hospital. O autarca José Francisco Rolo aponta que, “neste momento, estamos a fazer esse trabalho em Vale do Maceiro, e estamos a ver no Avelar e também no Parente”.
“Foi logo imediatamente criada uma zona de concentração e apoio à população numa zona fresca junto ao rio Alva, uma zona segura que tem psicólogos, tem técnicos da Câmara Municipal, também tem aqui a equipa da Segurança Social”, revelou o autarca.
O incêndio começou em Arganil e já chegou a Seia, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra.
Fonte: www.rr.pt
Crédito da imagem: Paulo Cunha / Lusa