A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Rubina Leal, sugeriu a criação de um círculo eleitoral para a diáspora madeirense, com o objetivo de assegurar “uma representação política efetiva” da diáspora, “reconhecendo o seu papel fundamental no progresso” da Madeira.
“A Madeira é muito maior fora do que dentro. A nossa diáspora é composta por verdadeiros embaixadores da Região que mantêm vivas tradições e que contribuem ativamente para a nossa economia, seja através de investimento direto ou das remessas enviadas em momentos de crise”.
“A Constituição, por vezes apontada como motivo para não se avançar com esta medida, não pode ser um entrave à democracia, nem à representatividade do povo madeirense. A Constituição não pode atrapalhar o funcionamento da Autonomia. A Democracia não funciona na plenitude quando não permite a manifestação da vontade dos eleitores, através do voto, na eleição dos órgãos de governo próprio da sua Região”, considerou Rubina Leal.
A proposta da presidente da Assembleia da Madeira surge na sequência de uma reunião com os conselheiros da diáspora madeirense, realizada na segunda-feira.
“Esta iniciativa teve como principal objetivo aproximar o Parlamento Madeirense da diáspora — um universo vital para o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira, que se estima representar cerca de um milhão de madeirenses a residir fora do território regional”, calcula a presidência da Assembleia da Madeira.
Rubina Leal deixou um convite aos conselheiros da diáspora para integrarem as comemorações dos 50 anos da Autonomia da Madeira, que se realiza em 2026, salientando que os emigrantes “têm sido decisivos” para o processo autonómico, salientando que esta importância deve ser refletida através da criação de um círculo eleitoral próprio para a emigração madeirense.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal