O Banco Mundial divulgou mais uma edição do seu relatório trimestral, onde estima que cerca de 304 milhões de turistas internacionais tenham viajado entre janeiro e março de 2025, representando um crescimento de 5% face a igual período de 2024.
No “Tourism Watch – Quarterly Report, June 2025”, o Banco Mundial estima que 304 milhões de turistas internacionais tenham viajado, à escala global, entre janeiro e março de 2025, o que significa que as chegadas de turistas no primeiro trimestre de 2025 cresceram 5% em relação ao período homólogo.
No relatório relativamente ao 1.º trimestre de 2025 sobre a atividade turística global, divulgado nesta quinta-feira, o Banco Mundial indica que o Índice de Confiança do Turismo da ONU mantém um “otimismo cauteloso” para os próximos meses, prevendo um crescimento de 3% a 5% nas chegadas em 2025, impulsionado por um aumento de 8% na procura de viagens aéreas internacionais, reportado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) em abril.
No entanto, as tensões comerciais e de segurança atualmente existentes poderão “perturbar os padrões de viagem e reduzir a procura no segundo semestre do ano”, refere a entidade em comunicado.
Comparando os primeiros três meses de 2025 com o mesmo período de 2024, o Banco Mundial estima no seu relatório que as chegadas de passageiros por via aérea, um relevante indicador das tendências de chegadas de turistas, aumentou 9% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
A região do Leste Asiático e Pacífico continua a apresentar a maior variação anual, com +14%. No mesmo período a Europa registou um crescimento de 8%, a América do Norte de +2% e o Médio Oriente de +11%.
O crescimento foi observado em 80% dos destinos reportados, com o Butão (+42%), a Gronelândia (+26%) e o Japão (+21%) a apresentarem aumentos notáveis. Ao invés, Haiti (-61%), Nova Caledónia (-37%), Venezuela (-33%) e Moçambique (-20%) apresentaram as descidas mais acentuadas.
As receitas globais revistas do turismo atingiram 1,7 biliões de dólares em 2024, segundo a ONU Turismo. Juntamente com as receitas dos transportes, representam cerca de 6% do total das exportações mundiais de bens e serviços.
No quarto trimestre de 2024, o crescimento anual do comércio de serviços de viagens foi de 12%, em comparação com 9% para a categoria mais ampla de serviços e 4% para os bens.
Já no primeiro trimestre de 2025, os gastos dos visitantes tiveram um crescimento apreciável em muitos destinos, particularmente na Europa e na Ásia-Pacífico.
Certo é que o turismo continua a ser considerado “um motor vital da criação de emprego no sector dos serviços em todo o mundo”. Em 2024, o setor representou 10% do PIB global e gerou 356,6 milhões de empregos, representando 1 em cada 10 empregos, segundo dados do WTTC e OIT.
Por cada emprego criado no setor do turismo, são criados 1,5 empregos adicionais em setores conexos, como a agricultura, a economia criativa e o retalho. Com barreiras reduzidas à entrada, o setor pode beneficiar particularmente as mulheres e os jovens.
Os jovens dos 15 aos 24 anos representam 15,5% da força de trabalho global do turismo, superando a média da economia, enquanto as mulheres representam 40% do emprego direto do setor. O emprego de comunidades indígenas no turismo também desempenha um papel crescente na criação de emprego, especialmente em áreas remotas com alternativas limitadas.
As tendências globais que têm vindo a modelar o setor do turismo representam uma oportunidade, mas exigem que os clientes reconfigurem a formação em turismo.
Estão a surgir novos perfis de trabalho em resposta às tendências globais, como naturalistas, guias de observação de aves, gestores de plataformas digitais e especialistas em monitorização da sustentabilidade, abrindo novos caminhos para o empreendedorismo e o crescimento profissional a longo prazo.
A formação em turismo “just in time” equipa os trabalhadores, especialmente os jovens, com competências transversais, como o atendimento ao cliente, as vendas e as línguas, que podem abrir portas a carreiras noutros setores, como as finanças, o direito e os negócios.
Fonte e crédito da imagem: www.publituris.pt
