A vantagem trazida do Mónaco era magra (1-0), mas chegou para manter o Benfica na Liga dos Campeões, apesar da exibição trémula e algum sofrimento à mistura no jogo no Estádio da Luz nesta terça-feira. Um golo de Kökçü acabou por salvar as águias e contribuir para um emocionante empate (3-3).
A equipa de Bruno Lage nunca esteve por cima no jogo e só conseguiu algum ascendente quando acabaram as pilhas de Akliouche e Breel Embolo, tendo mesmo sobrevivido a um mau jogo de Trubin.
Com a passagem aos oitavos-de-final da Champions, em que irá jogar com o Barcelona ou o Liverpool, o clube da Luz encaixou mais 11 milhões de euros em prémios da UEFA.
O AS Monaco entrou em campo determinado em fazer encolher o Benfica e testar a sorte do jogo e a atenção de tudo e de todos, incluindo do VAR e da equipa de arbitagem. Aos cinco minutos Breel Embolo caiu na área dos encarnados e ficou a pedir grande penalidade, mas o juiz da partida mandou seguir e logo na jogada seguinte Krépin Diatta apareceu solto de marcação e encheu o pé, mas Trubin impediu o golo dos monegascos.
Com processo simples, a equipa de Hutter tirava a posse de bola ao Benfica e propunha-se chegar rápido à baliza, numa clara intenção de empatar o play-off o quanto antes.
Akliouche era a principal dor de cabeça do meio campo encarnado, onde Fredrik Aursnes foi a novidade num equipa que se manteve coesa defensivamente perante a ofensiva inicial adversária, mas depois foi deixando alguns buracos destapados. Pode dizer-se que faltava a estabilidade que Florentino (castigado/lesionado) costuma dar ao meio campo.
Apesar disso, quando teve uma oportunidade, a equipa de Bruno Lage deu um exemplo de eficácia ofensiva, mas pouco mais do que isso. Leandro Barreiro recuperou uma bola numa zona adiantada e lançou o Benfica em velocidade.
Vangelis Pavlidis, depois de um belo trabalho individual, cruzou em direção do segundo poste, onde surgiu Aktürköglu para fazer o golo aos 23 minutos. O turco não marcava há 17 partidas.
Não se assustou o AS Monaco. Parecia ter a lição bem estudada e estar pronto a enfrentar os momentos de adversidade com a calma de quem sabe poder dar a volta a qualquer momento.
Takumi Minamino iria bater Trubin, que podia ter feito muito mais para tentar travar o golo do empate na partida, assim como os outros que iria sofrer. O intervalo chegou depois de uma perdida incrível de Embolo.
Um aviso sério do que esperava pelo Benfica no segundo tempo… que começou precisamente com mais uma opção de golo do Monaco, fruto de uma arrancada estonteante de Akliouche e um remate por cima de Embolo. Sem conseguir encontrar uma solução para travar a verticalidade de Akliouche e os movimentos disruptivos de Minamino ou conseguir ter critério na construção, o Benfica passou um mau bocado.
Com o campo inclinado para o lado dos monegascos, Bruno Lage parecia assistir ao desastre…. Ben Seghir ainda viu Trubin adiar o que seria uma certeza aos 51 minutos.
Andouni e Samuel Dahl levaram frescura e iniciativa à equipa encarnada, que passou a jogar junto à área monegasca, onde aos 72 minutos Kehrer derrubou Aursnes. Na transformação da grande penalidade, Pavlidis fez o que dele se esperava e os benfiquistas voltaram a comandar o play-off. George Ilenikhena, acabado de entrar, ganhou uma bola dividida com Otamendi e deixou Trubin mal na fotografia para mais um golo consentido.
O ziguezaguear no resultado e no play-off só acabou num grande pontapé de Orkun Kökcü, que fez o empate no jogo e garantiu a passagem aos oitavos-de-final pela oitava vez na história ao Benfica.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Instagram / @slbenfica