Depois de mais uma primeira parte paupérrima, o FC Porto teve 20 minutos finais em grande estilo, aproveitando a expulsão de Cristante. E o empate a uma bola esta quinta-feira no Dragão com a Roma leva os azuis e brancos a viajarem até à Cidade Eterna com legítimas aspirações de passarem aos oitavos de final da Liga Europa.
Ainda assim, continuam a ter um início de ano de 2025 pouco profícuo, registando quatro derrotas, quatro empates e uma vitória em nove jogos oficiais, sendo que Martín Anselmi obteve um triunfo e três empates, não tendo ainda sido derrotado.
Em relação ao jogo com o Sporting, Otávio e Gonçalo Borges renderam Zé Pedro e Pepê, com a grande novidade na presença de Marcano no banco, 17 meses depois da sua última partida oficial.
A Roma, orientada pela “velha raposa” Claudio Ranieri, tomou conta das operações desde o primeiro instante, com uma pressão alta a colocar os dragões em grandes dificuldades, levando-os a perder rapidamente a bola.
Os italianos chegaram com algum perigo junto da baliza de Diogo Costa aos 12’, 13’, 18’ e 32’, enquanto os portistas responderam apenas aos 13’, mas Rodrigo Mora esteve desastrado no último passe.
Aos 39’ a Roma teve a má notícia da saída do lesionado Dybala, substituído por Baldanzi, e o FC Porto conseguiu finalmente soltar-se nos últimos minutos do primeiro tempo, insuficiente no entanto para colocar em perigo a baliza de Svilar.
Os dragões voltaram a ter uma primeira parte de quase nula produção ofensiva e sem conseguirem criar oportunidades de golo, o que já é uma imagem de marca da equipa na atual temporada.
Mas o pior estava para vir, com os visitantes a adiantarem-se no marcador ao quinto minuto de compensação, através do central Celik, aproveitando um mau desvio de Neuhén Pérez.
Foram precisos apenas 30 segundos da segunda parte para o FC Porto criar finalmente a primeira ocasião de golo, com Svilar a opor-se a remate de Francisco Moura, numa jogada em que boa parte do mérito foi de Samu.
Refira-se que os italianos regressaram dos balneários com uma dupla substituição: Koné e Saelemaekers, já amarelados, foram rendidos por Pisilli e El Shaarawy.
No entanto, o lance inicial de Francisco Moura não teve continuidade e o FC Porto rapidamente voltou ao registo do primeiro tempo, tendo inclusivamente havido um lance cómico, com a bola a perder-se depois de um choque entre Tiago Djaló e Gonçalo Borges. Os visitados só davam um (ligeiro) ar da sua graça quando Rodrigo Mora pegava na bola, mas nem o pequeno génio estava muito inspirado.
Era bastante claro que os dragões precisavam de alguém que melhorasse a ligação com os atacantes e terá sido certamente nesse sentido que Anselmi fez entrar Fábio Vieira aos 63’, só que, com alguma surpresa, saiu Rodrigo Mora, tendo ainda Alan Varela sido substituído por Pepê.
Diogo Costa evitou o 0-2 aos 66’ e poucos segundos depois foi ele a isolar Pepê com um grande lançamento longo, que saiu do banco de reservas, e abola sobrou para Francisco Moura, que deixou tudo igual aos 22 minutos.
Logo a seguir, o guardião portista voltou a brilhar, ao negar o golo ao recém-entrado Matias Soulé, e aos 72’, o ex-benfiquista Cristante foi expulso com segundo amarelo, depois de ter travado Fábio Vieira em falta. E foi a partir deste momento que a formação portuguesa tomou totalmente conta dos acontecimentos.
Aos 75’, Anselmi desfez a linha de três centrais, ao fazer sair Otávio, rendido por Namaso, e até ao final o FC Porto pressionou em busca da vitória, com Gonçalo Borges a ter estado muito perto do 2-1.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Tony Dias / Movephoto