“O Governo não acredita no prazo, no valor e no crescimento das taxas propostos pela ANA” apresentados no relatório inicial sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária de Lisboa (High Level Assumption Report), garantiu o ministro das Infraestruturas e Habitação.
“Portugal precisa de um novo aeroporto no mais curto espaço de tempo”, acrescentou.
Miguel Pinto Luz, que está esta quarta-feira, 12, a ser ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação garantiu que o Executivo propôs um memorando de entendimento com a concessionária dos aeroportos nacionais e assegurou que “está tudo a acontecer dentro dos prazos”.
“Lançámos o desafio à ANA, que irá apresentar uma candidatura no prazo de 36 meses, com um valor indicativo inicial de 8,5 mil milhões que nós queremos reduzir, repito, que nós queremos reduzir, sem abdicar do máximo rigor na gestão das verbas”, vincou.
Pinto Luz disse ter “colocado em causa”, numa carta endereçada à ANA, a proposta para o aumento das taxas aeroportuárias já a partir de 2026, uma das propostas da empresa gerida pela Vinci para suportar os encargos com o novo aeroporto.
Recorde-se que o Governo deu luz verde à ANA, no passado mês de janeiro, para avançar com a candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa Luís de Camões (NAL).
Miguel Pinto Luz reiterou que a obra “não irá onerar os contribuintes”, conforme garante a ANA no documento entregue ao Governo.
Já sobre o aeroporto Humberto Delgado, o ministro garantiu que o objetivo é que este feche portas assim que a nova infraestrutura estiver operaciona. “Connosco abre Alcochete e fecha Portela. Vamos fazer um novo aeroporto para desmantelar por completo a Portela”, referiu.
O governante adiantou que o Governo irá apresentar nas próximas semanas os planos para os terrenos do aeroporto da Portela que darão lugar a habitação, espaços verdes, cultura, desporto.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: André Kosters / Lusa