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Câmara de Lisboa vai proibir circulação de tuk-tuks em algumas zonas do centro histórico

Vão apertar as regras para a circulação de tuk-tuks em Lisboa. A partir de abril, entra em vigor o despacho que proíbe a circulação destes veículos de animação turística em grande parte do centro histórico da capital.

No total, vão ser 337 as ruas de Lisboa em que não vai ser permitida a circulação dos tuk-tuks, a maioria das quais nas zonas mais procuradas pelos turistas, noticia esta terça-feira o Público.

O despacho determina a proibição de circulação em ruas situadas em sete freguesias, mas é em Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior que está concentrado o maior número de ruas que vão deixar de ter tuk-tuks a circular.

A lista de arruamentos em que vai ser interdita a circulação de tuk-tuks inclui o Terreiro do Paço, Castelo, Bairro Alto, Bica, Alfama, Jardim das Amoreiras, Bairro das Colónias (Anjos), Largo do Carmo, Praça do Município, Largo do Corpo Santo, Largo de São Paulo, Largo do Chafariz de Dentro, e várias ruas da Colina de Santana e da Mouraria.

Em relação ao Miradouro da Senhora do Monte, a proibição vai estar em vigor no período noturno, a partir das 19:00.

“Pretendemos proteger os residentes da cidade em relação a excessos. Identificámos as áreas residenciais em que os tuk-tuks não vão poder circular”, afirmou ao Público o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia, que assina o despacho.

Para Anacoreta Correia, “é necessário ordenar a utilização do espaço público e a mobilidade da cidade para melhor conciliar a preservação de Lisboa e dos que nela habitam com a atividade do turismo e daqueles que nos visitam”.

“Sem respeito pelos moradores, as atividades económicas não são sustentáveis. Por isso, ao fazermos isto, estamos também a zelar pelo futuro dos operadores económicos”, disse o autarca sobre o novo regulamento, ainda em preparação, que já tinha sido anunciado pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, em julho do ano passado.

A fiscalização do cumprimento das novas regras de circulação de tuk-tuks será assegurada sobretudo pela polícia municipal e pela EMEL, segundo o jornal.

As novas regras já foram contestadas pela associação representativa do sector, que admite avançar com medidas legais para impedir a aplicação do despacho. “Encontrar soluções não é vedar. Este despacho é altamente discriminatório e ilegal. As câmaras municipais não têm competências para impedir uma atividade económica ou inventar leis”, disse ao jornal Inês Henriques, secretária-geral da Associação Nacional de Condutores de Animação Turística (ANCAT).

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Francesco Riccardo Iacomino