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Portugalidade, conforto e técnica no portuense Luffa

No rés-do-chão do hotel Saboaria, no Porto, nomeado a partir de uma fábrica de sabões que ali existiu, nasceu o Luffa, restaurante que alia cozinha de conforto e técnica, e junta os chefs João Ribeiro, do Goela, e Francisca Passos.

A luffa é um vegetal parecido com a curgete, com um interior fibroso que serve para usar como esponja de banho. Nome apropriado a um restaurante que se situa num espaço que em tempos foi uma fábrica de sabão e que faz parte do hotel chamado, precisamente, Saboaria.

“Limpa, conforta, mas também arranha”, diz João Ribeiro sobre a luffa. O símbolo escolhido “permitiu trabalhar o projeto de uma ponta a outra”, até porque o chef não deseja que a sua cozinha seja “fácil”.

“Queremos o arranhar da luffa no nosso menu”, refere. O chef do Goela, que abraçou este projeto com a chef Francisca Passos, conta que aqui se alia a matriz da comida de conforto, que gosta de explorar, com a cozinha “mais aprimorada” de Francisca, que trabalhou em vários restaurantes com estrela Michelin. Era exatamente aquilo que procurava: “Ela é tecnicamente muito boa e tem uma biblioteca de sabores enorme. Para mim, é uma espécie de tutor”.

Essa complementaridade traduz-se numa carta em que é trabalhada a componente da portugalidade, com referências e técnicas de outras tradições.

“Temos um forno de piza que aproveitamos para fazer, por exemplo, o nosso flatbread de sardinha”, conta João. Francisca, que passou por The Yeatman e trabalhou em vários espaços em Londres, como a Taberna do Mercado, de Nuno Mendes, ou os estrelados Portland e Casa Fofó, italiano de fusão, chama ao que fazem “cozinha portuguesa contemporânea com influência de alguns sítios por onde nós passámos”.

Um dos pratos que melhor espelha essa filosofia é o ravióli de cozido, feito de carnes do cozido desfiadas e regado com o caldo com grão de bico.

Destaque também, nas entradas, para o rissol de camarão. “É o meu salgado favorito”, admite o chef, que até o tem tatuado no braço. “Se era para fazer, tinha de ser bem feito, com rácio creme/camarão a pender mais para o camarão”.

Como o restaurante faz parte de um hotel – com entrada direta pela rua – também serve, a hóspedes e passantes, pequeno-almoço. “Abolimos o buffet, servimos à carta e temos aqui os nossos cozinheiros a garantir que é tudo feito no momento.”

Para a época natalícia, o restaurante tem menu de grupo, feito com várias entradas e pratos como requeijão, cogumelos e dióspiro, o ravióli de cozido, o rissol, e rigatoni de abóbora, caju e miso, e presa de porco bísaro com arroz de forno, além de sobremesas.

Na noite da consoada estarão abertos com um menu especial e no dia de Natal servem almoço. Na passagem de ano também há jantar e festa (menus e preços disponíveis no Instagram do restaurante: instagram.com/luffa.porto).

Web: instagram.com/ luffa.porto

Fonte: www.evasoes.pt

Crédito das imagens: Pedro Granadeiro