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Balde de água gelada na Vila das Aves e Benfica vê liderança por um canudo

Os avisos foram-se sucedendo para o Benfica, numa segunda parte muito fraca da equipa de Bruno Lage diante do AVS, até que o golo do empate a uma bola surgiu mesmo no último dos quatro minutos de compensação, prémio mais do que justo para os visitados.

Os encarnados não chegaram à nona vitória consecutiva na I Liga e ficaram a 4 pontos do líder Sporting, sendo certo que os leões irão manter a posição, mesmo que o Benfica bata o Nacional na próxima quinta-feira, na partida que está em atraso.

Bruno Lage fez uma “mini revolução” no onze inicial em relação ao último jogo com o Bolonha: o castigado Carreras foi rendido por Beste, enquanto Otamendi, Florentino, Di María e Pavlidis foram substituídos por António Silva (como capitão de equipa), Leandro Barreiro, Amdouni e Arthur Cabral.

A partida começou interessante, com maior domínio benfiquista, mas com os visitados a conseguirem criar perigo quando se aproximavam da área dos encarnados: aos 10’, António Silva teve perda de bola infantil, mas John Mercado, em excelente posição para visar a baliza de Trubin, atirou… pela linha lateral; pouco depois, foi Zé Luís rematou de cabeça a rasar o poste.

“Quem não marca sofre”, uma das frases feitas do futebol, voltou a ser confirmada, com o Benfica a chegar ao golo logo a seguir, aos 17’, depois de uma excelente combinação entre Aursnes, Aktürkoglu e Amdouni, que rematou sem hipóteses para o guarda-redes Simão Bertelli.

Depois do golo, o encontro entrou numa toada morna, com os encarnados pouco profícuos no ataque, mas a controlar as tímidas investidas dos locais. Antes do intervalo, só merecem destaque dois lances de perigo, ambos para os lisboetas, primeiro num desvio involuntário de Luís Silva, quase a fazer autogolo, e depois um remate de fora da área de Aktürkoglu.

Entretanto, aos 41’ Nenê foi chamado a jogo, para o lugar do lesionado Zé Luís. E como o veterano ponta de lança, de 41 anos, ajudou a mudar as coisas!

Após o intervalo manteve-se o domínio benfiquista, mas quase sempre numa toada morna. Quanto ao AVS, continuava bem fechado atrás, esperando por uma oportunidade para partir em transições rápidas. Era preciso alguém para agitar e foi certamente com esse intuito que Bruno Lage lançou Di María e Pavlidis nos lugares de Leandro Barreiro e Arthur Cabral.

Uma dupla substituição que levou a algumas alterações importantes, pois é muito diferente alinhar com Di María em vez de Aursnes como médio direito, tendo o norueguês passado para a posição 6.

Coincidência ou não, a equipa do Benfica perdeu por completo o domínio da contenda e não mais o recuperou.

O primeiro sinal de vida do AVS foi dado aos 63’, com Nenê a rematar forte, testando a atenção de Trubin, com respondeu com uma boa defesa, e lembrando o Benfica que, mesmo dominador, tinha magra vantagem de um golo. E, logo a seguir, houve dupla oportunidade para os visitados empatarem, num remate ao poste de Nenê e numa excelente defesa de Trubin a remate de Fernando Fonseca.

Era o melhor período do AVS, que ficou a queixar-se de uma grande penalidade, num eventual puxão de Beste a Vasco Lopes, e, logo a seguir, Trubin voltou a ser salvador, ao evitar o golo do mesmo Vasco Lopes.

Florentino e Rollheiser foram lançados aos 75’ nos lugares de Kökçü e Aktürkoglu mas foi sempre o AVS a dominar e o justo prémio para o esforço da formação de Vila das Aves surgiu aos 90’+4, através de um cabeceamento certeiro de Devenish.

Fonte: Diário de Notícias / Portugaç

Crédito da imagem: Estela Silva / Lusa