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Liga dos Campeões: Benfica esbarrou no muro polaco que Bolonha ergueu na baliza

O Benfica não foi além do empate a zero com o Bolonha, no Estádio da Luz, em jogo da 6.ª jornada da Liga dos Campeões. Os encarnados bem se podem queixar da sorte, uma vez que viram o guarda-redes polaco Lukasz Skorupski ser o herói da equipa italiana que regressou a casa com o segundo ponto conquistado na prova.

Os encarnados atingem, ainda assim, os dez pontos que à partida devem garantir o apuramento para o playoff, mas por aquilo que fizeram, sobretudo na segunda parte, mereciam ter garantido os três pontos.

Com Kökçü de regresso ao onze, o Benfica entrou a todo o gás e teve mesmo um golo anulado a Pavlidis por fora de jogo, após um passe de Di María. Mas aquele curto momento de êxtase dos adeptos benfiquistas depressa se transformou em nervosismo, pois a reação dos italianos foi de por em sentido a equipa de Bruno Lage.

A estratégia de Vincenzo Italiano passava muito por aquilo que o V. Guimarães fez na Luz no sábado: pressão muito alta e a marcações aos jogadores do Benfica para cortar os espaços e as linhas de passe.

As dificuldades em construir desde trás acentuaram-se e, invariavelmente, os encarnados procuravam os lançamentos longos para as costas da defesa bolonhesa, para acionar Di María, Pavlidis e Aktürkoglu, e dessa forma fugir à enorme pressão dos italianos que, quando em posse de bola, conseguiam longos períodos a trocar passes, em claro contraste com o Benfica.

Durante quase toda a primeira parte assistiu-se a um autêntico jogo de paciência, do qual se destaca a brilhante defesa de Trubin aos pés de Dallinga aos 10 minutos. Só a partir da meia hora de jogo é que os encarnados conseguiram libertar-se das amarras e encontrar espaços para atacar, dando o primeiro sinal num remate de Aursnes, que foi bloqueado.

Era o sinal para os últimos minutos antes do intervalo, durante os quais o guarda-redes Skorupski defendeu um remate forte de Di María, que antecedeu um remate de Álvaro Carreras cortado por Beukema.

A segunda parte começou com Trubin a defender um remate de Dallinga, mas o Benfica entrou bem mais veloz, empurrando o Bolonha para o seu meio campo, o que fez Vincenzo Italiano dar uma valente reprimenda aos seus jogadores… mas em vão.

A pressão dos encarnados não deixava os italianos construir o seu jogo e as rápidas recuperações de bola permitiam à equipa de Bruno Lage encontrar espaços, mas em boa verdade, escasseavam as oportunidades e só aos 65 minutos Pavlidis não conseguiu aproveitar um brinde de Skorupski, pois o desvio para a baliza foi cortado por Beukema.

À passagem do minuto 72, Bruno Lage lançou Amdouni e Beste para os lugares dos desinspirados Aktürkoglu e Pavlidis. A intensidade do Benfica no jogo continuou alta e o golo esteve muito perto de acontecer quando Amdouni, após um belo lance, rematou para grande defesa de Skorupski. Logo a seguir entrou Arthur Cabral para o lugar de Kökçü, que andava a habilitar-se ao segundo amarelo.

À medida que os minutos avançavam, o discernimento ia faltando, mas Amdouni ainda voltou a obrigar Skorupski a mais uma excelente defesa a remate de longe, numa altura em que o Bolonha já dava tudo por tudo para “sair vivo” da Luz, com a conquista do segundo ponto na Liga dos Campeões. Conseguiu-o, após muito sofrimento.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Miguel A. Lopes / Lusa