Sob a liderança do presidente Xi Jinping, a China vai aliviar a sua política monetária no próximo ano, naquela que é a primeira flexibilização da sua postura em 14 anos, escreve a “Reuters” esta segunda-feira, citado a agência de notícias estatal Xinhua.
O objetivo, refere, é estimular a procura interna e aumentar o consumo, num período marcado por uma crise imobiliária no país.
“Uma política orçamental mais proativa e um alívio adequado da política monetária devem ser implementados” em 2025, de acordo com as conclusões de uma reunião de responsáveis de topo do Partido Comunista chinês, notando ainda que o mercado acionista e o mercado imobiliário devem estar estabilizados, sem dar mais detalhes.
“Isto aponta para um estímulo orçamental forte, corte significativo dos juros e compra de ativos em 2025”, afirma Xing Zhaopeng, economista sénior para a China do ANZ, acrescentando que o “tom adotado [para se referir ao rumo da política] demonstra grande confiança contra as ameaças de [Donald] Trump” de impor tarifas sobre produtos chineses.
A China deve conseguir alcançar a sua meta para o crescimento económico de cerca de 5% este ano. No entanto, esta tendência deverá ser difícil de manter no próximo ano perante a ameaça de Donald Trump, eleito presidente dos EUA, de impor tarifas de 60% ou mais sobre as importações chinesas, recorda a “Reuters”.
A economia da China tem enfrentado dificuldades este ano, o que levou os decisores políticos a agir em setembro. O banco central chinês revelou o alívio mais agressivo da política monetária desde a pandemia, cortando as taxas de juro e injetando 140 mil milhões de dólares no sistema financeiro, entre outras medidas que foram adotadas.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal