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Portugal empata num jogo de muitas experiências e um momento de dupla magia

Sem as principais figuras, depois da dispensa de Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes, e já apurada para os quartos de final da Liga Nações, a seleção foi esta segunda-feira a Split empatar 1-1 com a Croácia, num jogo marcado por esse momento de pura de magia que resultou no único golo português, marcado por João Félix.

Já com o primeiro lugar garantido, Roberto Martínez fez sete mudanças no onze titular e promoveu a estreia de Tomás Araújo (no segundo tempo estrearam-se também Tiago Djaló e Fábio Silva e o número de estreantes da era Martínez subiu para 13).

Com João Cancelo como capitão e José Sá na baliza – Diogo Costa teve uma indisposição e não foi a jogo -, a seleção entrou dona da bola e com a mira na baliza de Livakovic. Logo aos três minutos de jogo, Nuno Mendes criou grande aparato na grande área croata, mas Ivan Perisic foi eficaz a afastar o perigo.

Com uma linha de cinco a defender, a equipa liderada por Roberto Martínez caminhava à velocidade de Rafael Leão, que aos 17 minutos obrigou Livakovic a brilhar. Na recarga, Otávio, que tinha iniciado o lance, rematou a meias com um croata e a bola saiu a raspar tinta da trave.

Seguiram-se momentos de lentidão de ambas as seleções, com os jogadores mais ofensivos a não conseguirem adivinhar os pensamentos dos médios mais criativos.

Exceção para um momento magistral de Portugal à passagem da meia hora. Vitinha lançou João Félix com um passe teleguiado a mais de 30 metros e o avançado do Chelsea recebeu a bola colada ao pé, entre dois centrais croatas, correndo para a área e fazendo o primeiro golo do encontro.

O lance ainda foi analisado pelo VAR durante três longos minutos, por possível fora de jogo de Félix, mas o golo contou mesmo e animou a partida.

A perder, a Croácia ficava em posição complicada na classificação do grupo 1 e, como tal, precisava de reagir. Mas José Sá disse presente na primeira oportunidade croata e na segunda foi o poste a impedir Kramaric de empatar.

As aparições esporádicas da Croácia na grande área portuguesa não chegaram para colocar em causa o controlo do jogo a equipa das quinas, que podia até ter aumentado a vantagem antes do intervalo, mas Félix e Leão não conseguirem ler os pensamentos um do outro para desassossego do selecionador que, por certo, preferiria descansar sob uma vantagem mais confortável para evitar sustos como os que sofreu em larga escala no segundo tempo.

Aos 64 minutos o estreante Tomás Araújo saiu lesionado e permitiu a estreia de Tiago Djaló antes do empate. Quatro minutos depois de ter sido apanhado em fora de jogo e ver o seu golo ser invalidado, Josko Gvardiol marcou mesmo. Um golo em que a defesa nacional não esteve bem, provavelmente devido às mexidas a que Martínez foi obrigado a fazer.

Já com Francisco Conceição em campo a dar velocidade à ala direita, a seleção ganhou novo alento, mas Nuno Mendes falhou uma oportunidade de golo flagrante. A resposta adversária foi igualmente ineficaz… pois, com um misto de sorte e destreza, José Sá evitou a cambalhota no marcador, a remates de Susic e Kramaric.

Isto numa fase em que Roberto Martínez fazia experiências em cima das experiências iniciais, causando desconforto posicional evidente… João Cancelo, por exemplo, fez três posições em 90 minutos.

Portugal acabou o jogo em sufoco e só o poste impediu a derrota já depois dos 90 minutos. A comitiva não conseguiu o desejado triunfo para dedicar a Fernando Gomes, último jogo do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, cuja liderança abandona no início de 2025, depois de três mandatos.

Na sexta-feira Portugal conhece o adversário nos quartos de final, que sairá do lote composto por Itália, Países Baixos e Dinamarca, bem como o emparelhamento das meias-finais da Liga das Nações, prova que ganhou em 2019.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Paulo Novais / EPA