O Benfica falhou esta quarta-feira a oportunidade histórica de conseguir três vitórias nas primeiras três jornadas do formato Liga dos Campeões.
O carrasco foi o Feyenoord que venceu pela primeira vez na Luz e logo por 3-1, numa partida em que anularam por completo aquilo que vinham sendo os pontos fortes dos encarnados desde que mudaram de treinador.
E ao sétimo jogo da era Bruno Lage chegou a primeira derrota, embora o Benfica se mantenha em lugar de acesso ao play-off quando ainda faltam cinco jogos.
Bruno Lage apostou na mesma equipa que 21 dias antes tinha goleado o Atlético de Madrid, mas o resultado foi completamente diferente. O Feyenoord chegou à Luz avisado e com a lição bem estudada, sobretudo na forma como poderia surpreender os encarnados, através de uma forte pressão para recuperar a bola e rápidas transições ofensivas que foram descompensando a defesa benfiquista.
Foi assim que os neerlandeses chegaram à vantagem com um lance rápido de Igor Paixão pela esquerda, que descobriu o japonês Ayase Ueda para abrir o marcador logo aos 12 minutos.
O Benfica, sem o fulgor que exibiu antes da paragem para as seleções, tinha dificuldades em encontrar espaços para criar perigo e, em boa verdade, no primeiro tempo apenas conseguiu na sequência de cantos, com Bah a cabecear ao poste (20’). Não demorou muito até que Otamendi tivesse o seu período tenebroso, primeiro viu o seu erro salvo pelo VAR e depois abordou mal o lance com Milambo, que rematou para o 2-0.
Com 33 minutos passados, o Benfica estava numa posição muito complicada, embora ainda antes do intervalo tenha feito tudo para reduzir a desvantagem, tendo inclusive visto um golo bem anulado a Pavlidis, por fora de jogo a Aktürkoglu, e depois o guarda-redes Wellenreuther negou o golo a Di María com uma grande defesa.
Para evitar a derrota, os encarnados precisavam de entrar para a segunda parte com outra velocidade e agressividade. Marcar cedo seria essencial para a reviravolta… mas depois de um remate de Pavlidis ter esbarrado no pé do guarda-redes neerlandês, eis que o Feyenoord voltou a marcar, mas num lance anulado por fora de jogo de Trauner, após recurso ao VAR.
Os neerlandeses jogavam com a linha defensiva mais recuada, a tapar os caminhos para a sua baliza e passaram a atacar com menos gente e só pela certa.
Com 25 minutos para jogar, Bruno Lage lançou Beste e Amdouni para os lugares de Di María e Florentino. E, quase de imediato, o Benfica reduziu com Beste a rematar cruzado para defesa incompleta do guarda-redes, aparecendo Aktürkoglu a reduzir a desvantagem.
Bruno Lage lançou logo a seguir Arthur Cabral e Renato Sanches – de volta após lesão que o tirou da equipa durante um mês – e os minutos que se seguiram foram de grande aflição para o Feyenoord, que viu Wellenreuther negar o golo a Amdouni e Aktürkoglu.
Só que a partir dos 80 minutos, os neerlandeses começaram a acalmar o jogo, perdendo mesmo algum tempo na reposição de bola, o que intranquilizou ainda mais os encarnados.
O Feyenoord acabaria por colocar um ponto final parágrafo no jogo com o segundo golo do jovem Milambo (19 anos), deixado sozinho à entrada da área.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Gerardo Santos