O Sporting partia para este jogo diante dos austríacos do Sturm Graz, a contar para a 3.ª jornada da Liga dos Campeões, como favorito, sem derrotas na competição, quatro pontos somados (bateu os franceses do Lille por 2-0, em Alvalade, e foi aos Países Baixos empatar 1-1 com o PSV).
Mas, lá está, a teoria vale o que vale e é na prática que se vê quem tem unhas para tocar a guitarra, é quando a bola começa a saltar que se mostram os argumentos.
Pois bem, os leões tiveram essas unhas e ganharam tranquilamente por 2-0. A vitória nunca esteve em causa, tal foi a superioridade .
No onze, Ricardo Esgaio repetiu a titularidade com alguma surpresa. Ainda em relação ao último jogo com o Portimonense, ficou claro que Franco Israel é o atual dono da baliza; Geny Catamo foi chamado para o lado direito do meio-campo e Bruno Ramos foi, com alguma naturalidade, o sacrificado, pois nem sequer está inscrito na Champions; e Maxi Araújo surgiu no lugar que era de Quenda.
As peças estavam lançadas e foram distribuídas da mesma forma no tabuleiro, sendo que Esgaio recuou alguns metros em relação ao jogo com o Portimonense, ocupando o lado direito do trio defensivo, ele que no Algarve tinha jogado na ala direita.
Das opções disponíveis, Esgaio é, claramente, o jogador mais familiarizado com as movimentações da equipa, e acabava por dar maior consistência defensiva perante um Sturm Graz moralizado, que entrou em campo na qualidade de líder da liga austríaca (marcara 10 golos nos últimos dois jogos), mas ferido nas competições europeias, iniciando o jogo sem ter somado qualquer ponto nesta edição da Liga dos Campeões (derrotas com o Brest, em França, e com os belgas do Club Brugge, em casa).
Foi com naturalidade que os leões pegaram no jogo, deixando os austríacos na expectativa, mas Trincão, no primeiro remate do jogo, atirou por cima, e logo a seguir Maxi Araújo não concluiu jogada de Gyökeres pela direita.
Aos 16’ foi Scherpen, guarda-redes do Sturm Graz, quem desviou para canto um remate de Gyökeres – a Israel, nesta altura, praticamente só faltava um sofá.
O golo era uma questão de tempo e chegou ao minuto 23: Hjulmand descobriu Catamo na direita (a abertura é meio golo…), o moçambicano cruzou, Gyökeres falhou a finalização, mas estava lá Nuno Santos para o 1-0.
A perder, os austríacos espernearam e, depois de Gyökeres atirar ao lado, criaram uma ótima chance, valendo Inácio, que desviou para canto o remate de Biereth, e depois é Jatta quem remata à figura de Israel. Dois avisos, mas depressa os leões voltaram ao comando das operações.
Os austríacos pareciam mais afoitos após o intervalo, tentaram chegar à baliza por todas as vias, mas a solidariedade e organização defensiva dos leões não permitiu que o Sturm Graz assustasse.
E aos 53’ apareceu… Gyökeres: Debast fez um grande passe para o sueco, que ‘meteu a segunda’ (nem o antigo piloto de fórmula 1, Niki Lauda, conseguia agarrá-lo…), passou por Geyrhofer, desviou-se de Scherpen e sentou Lavaleé para fazer o 2-0.
O Sporting geriu o jogo a partir daí, e podia ter feito mais golos, apesar dos austríacos ainda terem tentado também o golo de honra, sem sucesso. Nota para o regresso de St. Juste e Pote, recuperados de lesão.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Gintare Karpaviciute / EPA