Pesquisar
Close this search box.

Vumba: um refúgio rural com trilhos, animais e uma queijaria, em Arganil

É uma quinta de agricultura biológica com 140 hectares, animais, trilhos, uma queijaria e um projeto turístico em expansão. Chama-se Vumba, como a serra moçambicana, mas fica em São Martinho da Cortiça, Arganil.

A história começa com Maria Isaura e José Dias da Cunha, nascidos em São Martinho da Cortiça, no concelho de Arganil, e que foram para Moçambique muito jovens, sem esquecer as raízes.

Tanto que ele foi comprando terrenos, na terra natal, até formar uma quinta com 140 hectares. A propriedade, pensada para gozar o tempo livre em família, embora produzisse frutas, hortícolas, vinho e azeite, foi encarada como negócio sobretudo mais tarde, quando passou a ter pastagens e uma queijaria, que já soma algumas décadas de existência.

O nome Vumba deve-se à serra moçambicana, que o fundador muito apreciava.

Ali, pratica-se agricultura biológica. Sob a marca Quinta do Carapinhal, são produzidos queijos e iogurtes, recorrendo apenas a leite das suas ovelhas e cabras, bem como algum azeite.

As apresentações ficam a cargo de Joana Linhares, um dos rostos por detrás da Vumba, uma pequena empresa familiar que se dedica à atividade agropecuária e turística, procurando honrar o legado de Maria Isaura e José. A quinta está hoje nas mãos dos netos Patrick e Alexandre Dias da Cunha, sendo o primeiro companheiro de Joana.

A vertente de turismo surgiu há pouco mais de uma década, com a reabilitação de antigas instalações de apoio à exploração agrícola que deram origem a casas de campo.

“Fomos fazendo aos poucos e, há um ano, remodelámos tudo, voltámos a arranjar as casinhas”, conta Joana. Também acrescentaram à oferta mais uma unidade de alojamento. Disponibilizam agora três casas: a Casa da Lagartixa, a Casa do Alambique e a Beira, a mais recente.

Há ainda duas suítes, cujos nomes remetem, igualmente, para Moçambique: Gorongosa e Bué Maria. Tudo tem um toque de África neste projeto, atingido pelos dramáticos incêndios de 2017. O fogo queimou bosques e ovelhas, mas “a natureza é forte, a quinta está super bonita outra vez”.

Os hóspedes podem percorrer trilhos, a pé ou de bicicleta elétrica, e participar nas atividades da quinta, muitas delas sazonais. Fazer queijo (entre novembro e maio), apanhar azeitona ou ser pastor por um dia são algumas das possibilidades.

O agroturismo encontra-se, aliás, em fase de expansão: ainda neste ano, deverá abrir um novo espaço, orientado para acolher nómadas digitais, que inclui quartos, sala de reuniões e zonas para estar e cozinhar.

A Vumba é pet-friendly (os animais só não podem ir para a piscina), e tem entre as suas próprias mascotes os gatos São e Martinho.

“O Martinho leva as ovelhas a pastar, é um gato-pastor”, comenta Joana, sublinhando que se procura estar em sintonia com a natureza naquela propriedade rural vedada, sem caça, onde moram veados, javalis, raposas, corujas e outros bichos.

Fonte: www.evasoes.pt
Crédito das imagens: Maria João Gala