Levantamento do Monitor do Fogo, elaborado pela organização MapBiomas e apresentado na manhã desta quinta-feira, aponta que as áreas queimadas no Brasil entre janeiro e agosto de 2024 já somam mais que o dobro na comparação com o mesmo período de 2023.
O estudo mostra que 11,39 milhões de hectares foram queimados neste ano, 6 milhões a mais do que o registrado no ano passado, o que representa um crescimento de 116% no comparativo.
Os dados também apontam que quase três em cada quatro hectares (70%) queimados foram de vegetação nativa.
A maior parte das queimadas ocorreu no Centro-Oeste, onde três estados concentram 52% da área queimada entre janeiro e agosto.
O estado do Mato Grosso, que lidera o ranking, concentrou 21% da área queimada no Brasil entre janeiro e agosto deste ano, com 2,3 milhões de hectares.
Em seguida, aparecem Roraima, com 1,99 milhão de hectares (17% do total), e Pará, com 1,56 milhão (14% do total).
O município que mais registrou queimadas em todo o país foi Corumbá (MS), com 616.980 hectares, localizado na região do bioma do Pantanal sul-mato-grossense.
As cidade de São Félix do Xingu (PA) e Amajari (RR), com 277.951 hectares e 250.949 hectares, respectivamente, são listadas na sequência.
Agosto crítico
O MapBiomas revela que o mês de agosto responde por quase metade (49%) da área queimada no Brasil desde janeiro deste ano, com 5,65 milhões de hectares queimados. A extensão é equivalente a todo o estado da Paraíba, que tem 5,6 milhões de hectares. Na comparação com agosto de 2023, foi um salto de 149%.
Foi o pior agosto da série do Monitor de Fogo, iniciada em 2019. As pastagens respondem por um em cada quatro hectares queimados (24%) e se destacam como a área de uso agropecuário que mais queimou em agosto.
O estado de São Paulo lidera o crescimento das queimadas no mês de agosto, em relação ao mesmo mês de 2023. A área queimada nos primeiros oito meses de 2024 foi de 430 mil hectares, 356 mil hectares queimados a mais do que a média do mesmo mês em anos anteriores. Um aumento de 2.510%.
Fonte e crédito da imagem: www.cnnbrasil.com.br