A Câmara de Lisboa vai lançar ainda esta semana uma aplicação que permitirá aos cidadãos obterem informação sobre o risco sísmico dos edifícios que habitam, disse esta segunda-feira à Lusa a coordenadora do programa municipal ReSist.
Em declarações à Lusa, no final de uma intervenção na conferência europeia sobre mecânica dos solos e engenharia geotécnica, que hoje decorre em Lisboa, a geóloga Cláudia Pinto explicou que a aplicação – LxReSist – vai elencar as prováveis vulnerabilidades sísmicas de um determinado edifício, tendo em conta a sua idade, e que ações podem ser adotadas para prevenir esse risco.
A coordenadora referiu que a aplicação, destinada ao cidadão comum, está “praticamente pronta” e que o episódio sísmico ocorrido esta madrugada vai acelerar a sua apresentação pública.
Cláudia Pinto adiantou que ainda hoje irá participar em reuniões na autarquia com o objetivo de desencadear essa divulgação.
A propósito do abalo de 5,3 na escala de Richter sentido esta madrugada, a geóloga reiterou a importância de ter um comportamento proativo, em vez de reativo, e recordou que todos podem fazer algo para prevenir o risco sísmico.
Cláudia Pinto apontou duas ações simples: ter um ‘kit’ de emergência (composto por uma mochila com água essencialmente) e verificar a segurança dos móveis.
Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter com o epicentro localizado 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, foi registado às 05:11 de hoje , sem causar danos pessoais ou materiais.
O sismo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de pelo menos quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal