O Benfica começou a I Liga 2024 / 25 com uma derrota, em casa do Famalicão. Pela terceira temporada consecutiva, os três grandes não conseguiram o pleno de vitórias na jornada inaugural e as águias voltaram a perder, à semelhança de 2023 / 24, na altura no terreno do Boavista.
É de resto a primeira vez que as águias são derrotadas na primeira ronda em temporadas consecutivas. Para além disso, repetiram o desaire em Famalicão, que confirmou o título de campeão nacional ao Sporting, na antepenúltima ronda.
No onze inicial do Benfica, destaque para a dupla de centrais, constituída por Tomás Araújo e Morato, e para a presença dos reforços Jan-Niklas Beste, Leandro Barreiro e Vangelis Pavlidis, para além de Prestianni, a jogar atrás do ponta de lança grego.
O Famalicão começou bem melhor, a pressionar alto e a trocar bem a bola. A equipa da casa adiantou-se no marcador aos 12’, numa jogada que começou num grande passe de Aranda a lançar Sorriso, que ganhou em velocidade aos centrais e a Beste, batendo Trubin sem dificuldades.
Nem o golo “acordou” o Benfica, que continuou a apresentar um futebol lento, sem ponta de imaginação e com falta de ligação a Pavlidis, desamparado na frente.
Num plantel com tantas e boas opções para as posições de extremo, médio ofensivo e ponta de lança, parece muito curto apresentar um onze com dois médios posicionais (Fiorentino e Leandro Barreiro) e com dois jogadores como João Mário e Aursnes como falsos extremos.
O único verdadeiro criativo era Prestianni, que também estava muito apagado, longe do nível que demonstrou na pré-temporada.
O Benfica acelerou finalmente nos últimos dez minutos da primeira parte, altura em que aumentou igualmente os níveis de agressividade. Era o flanco esquerdo o centro da ação dos lisboetas, com Beste bastante ativo, mas os visitantes foram para o descanso com apenas dois remates, e sem o mínimo de perigo, através de Morato e de Pavlidis.
Para além do golo, também o Famalicão pouco mais fez em termos ofensivos, com exceção de um lance aos 36’ que parecia uma cópia do golo, mas dessa vez, Tomás Araújo foi mais rápido e conseguiu tirar a bola a Sorriso, quando o brasileiro já se preparava para ficar de novo isolado diante de Trubin.
No entanto e com exceção dos já referidos 10 minutos finais, os minhotos não tiveram problemas em controlar o adversário durante a primeira parte.
No recomeço, Kökçü entrou para o lugar de Prestianni, mas o Benfica apresentava a mesma apatia da primeira parte. O 2-0 esteve perto aos 54’, quando Trubin ia dando um frango a remate de Rochinha, acabando por defender a bola à terceira, em grandes dificuldades.
Foi preciso esperar pelo minuto 59 para vermos uma oportunidade de golo do Benfica, com um remate do meio da rua de João Mário a obrigar Luiz Júnior a magnífica intervenção.
Logo a seguir, Roger Schmidt fez dupla substituição, com Carreras e Marcos Leonardo a entrarem para os lugares de Beste e Florentino. João Mário passou a ocupar uma posição central no meio-campo.
O Benfica passou a ser mais dominador, muito por culpa da boa entrada de Marcos Leonardo, mas sem conseguir criar mais lances de perigo junto da baliza visitada.
Foi então que, aos 72’, Roger Schmidt se virou para o lado e mandou o campeão do mundo Di María entrar em campo, para o lugar de Leandro Barreiro. E na primeira vez que tocou na bola, o argentino sofreu falta, muito perto da grande área do Famalicão, cobrando ele próprio o livre, com a bola a rasar a trave.
Era um Benfica totalmente “atirado para a frente”, na tentativa de evitar nova derrota na jornada inaugural do campeonato. O Famalicão passava a ter cada vez mais espaço para o contra-ataque e esteve muito perto do 2-0, tendo valido Trubin, a evitar o golo de Zaydou. Kökçü respondeu com remate perigoso, antes de Aranda atirar ao poste, em mais uma enorme oportunidade dos minhotos.
O último lance de perigo do Benfica foi desperdiçado por Tiago Gouveia, acabado de entrar para o lugar de Bah. E em cima dos 90’ Zaydou fez o 2-0 final, repetindo o golo que já tinha conseguido diante dos encarnados na vitória de 2023 / 24. E as águias já correm atrás do prejuízo…
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Tony Dias / Global Imagens